O câncer tem por principal característica o crescimento desordenado e difuso de células anormais. É uma das maiores causas de mortalidade no mundo e, neste contexto, a cada dia aumenta o número de trabalhos relatando a importância das plantas como fonte de compostos farmacologicamente ativos. Sendo assim, neste trabalho foram selecionadas três espécies de plantas nativas da Floresta Atlântica, a saber: Trigynaea oblongifolia Schltdl (Annonaceae), Ottonia frutescens Trel (Piperaceae), Bathysa australis (St Hill) Hooz (Rubiaceae). Para cada uma das espécies foi caracterizada a anatomia e ultraestrutura de sua lâmina foliar; bem como avaliado, in vitro, toxicidade de seus extratos metanólicos (das folhas) frente ao microcrustáceo Artemia salina; e a citoxicidade em linhagens de células tumorais humanas - U937 e COLO 205, e células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC). Os extratos tiveram seu potencial antioxidante avaliado e a composição de metabólitos secundários identificada. Os principais resultados foram: A anatomia da lâmina foliar das três espécies apresenta características condizentes aos seus respectivos gêneros. OS extratos de O. frutescens e B. australis apresentaram as seguintes classes de metabólitos secundários: Alcalóide, Antraquinonas, Cumarinas, Polifenóis (Taninos), Saponina. Nos extratos de T. oblongifolia, além dos metabólitos citados anteriormente foi detectada a presença de Flavonóides. A atividade antioxidante, observada em 30 minutos, na Concentração 24 μg/mL de extrato foi de: O. frutescens - 38,3%, T. oblongifolia - 32,3%, e B. australis - 32,1%. A Concentração Letal, CL50, dos extratos em Artemia salina foi de: O. frutescens - 149,75 ± 1,02 μg/mL, T. oblongifolia - 148,8 ± 1,74 μg/mL, e B. australis - 684 ± 9,04 μg/mL. Os extratos induzem apoptose em células tumorais de maneira dose dependente. Sendo que, em 36 horas a concentração de 400 μg/mL induziu necrose nas células COLO 205. Neste contexto, é importante destacar que espécies nativas da Floresta Atlântica apresentam grande valor na bioprospecção de moléculas ativas no combate ao câncer.
Cancer whose main characteristic diffuse and uncontrolled growth of abnormal cells. It is a major cause of mortality worldwide and in this context, each day increases the number of papers reporting the importance of plants as a source of pharmacologically active compounds. Thus, this study selected three species of plants native to the Atlantic Forest, as follows: Trigynaea oblongifolia Schltdl (Annonaceae), Ottonia frutescens Trel (Piperaceae), Bathysa australis (St Hill) Hooz (Rubiaceae). For each species was characterized anatomy and ultrastructure of its leaf, as well as evaluated in vitro toxicity of their methanol extracts (from leaves) compared to Artemia salina, and cytotoxicity in human tumor cell lines - U937 and COLO 205, and peripheral blood mononuclear cells of human (PBMC). The extracts were assessed its antioxidant activity and composition of secondary metabolites identified. The main results were: The anatomy of the leaf blade of the three species has characteristics suitable to their respective genres. Extracts of O. frutescens and B. australis showed the following classes of secondary metabolites: An alkaloid, anthraquinones, coumarins, polyphenols (tannins), Saponin. In extracts of T. oblongifolia, besides the aforementioned metabolites detected the presence of flavonoids. The antioxidant activity was observed in 30 minutes, the concentration 24 μg/mL extract was: O. frutescens - 38.3%, T. oblongifolia - 32.3%, and B. australis - 32.1%. The lethal concentration, LC50, extracts of brine shrimp was: O. frutescens - 149.75 ± 1.02 μg/mL, T. oblongifolia - 148.8 ± 1.74 μg/mL, and B. australis - 684 ± 9.04 μg/mL. The extracts induce apoptosis in tumor cells in a dose-dependent. Since, in 36 hours the concentration of 400 μg/mL induced necrosis in COLO 205 cells. In this context it is important to note that species native to the Atlantic Forest have great value in bioprospecting of molecules active in fighting cancer.