Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo, popularmente conhecida como ipê-roxo ou ipê-roxo-de-
sete-folhas, é uma Bignoniaceae nativa da Mata Atlântica, de importância econômica, medicinal e ornamental,
além de ser indicada para reflorestamentos. Entretanto, informações ecofisiológicas sobre essa espécie ainda
são escassas. Assim, visando dispor de informações que auxiliem na sua propagação e conservação, este trabalho
avaliou a emergência e crescimento inicial dessa espécie em regimes contrastantes de luz. Foram realizados
dois experimentos independentes. O primeiro em condições controladas, com os tratamentos 70% de sombreamento
e a pleno sol; e o segundo em ambiente natural, com os tratamentos clareira e sub-bosque. Entre os parâmetros
utilizados para avaliar a emergência sob influência das intensidades luminosas, apenas a porcentagem de emergência
diferiu estatisticamente no ambiente natural, sendo superior na clareira. Em condições controladas, houve
significância para a velocidade de emergência, sendo maior nas plantas submetidas ao a pleno sol. A espécie
apresentou reduzido crescimento inicial no sub-bosque, sendo todos os parâmetros estatisticamente inferiores
em relação às plantas da clareira, com exceção da razão de área foliar e área foliar específica. Em condições
controladas, os resultados que diferiram significativamente foram todos superiores nas plantas a pleno sol.
O estudo evidenciou que a espécie apresenta capacidade de formar plântulas em diferentes regimes de luz,
inclusive sob forte sombreamento natural, porém essa condição reduz significativamente seu crescimento inicial,
sendo este favorecido por maiores intensidades luminosas.
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo, known as “ipê-roxo” or” ipê-roxo-de sete-folhas”, is a
native species of Atlantic Forest, with an economic, medicinal and ornamental role, suitable for reforestation.
However, ecophysiological information about it is scarce. In order to provide information about propagation
and conservation for this specie, the present study evaluated emergence and early growth of this species in
different light exposure. We lead two independent trials. In the first we considered controlled conditions, with
two treatments: 70% shade and full sun. The second was developed in a natural environment, with two treatments:
gap and understory environments. From the total parameters used to evaluate the emergence of the species
under influence of light intensities, only the emergence percentage was statistically different from the natural
environment, with high values observed at gap treatment. Significant differences were observed in controlled
environment, considering the emergence speed. This variable was higher in plants grown under full sun. Slower
initial growth was observed for plants regenerated in the understory, compared to the plants growing in gaps,
except for following characteristics: leaf area ration and specific leaf area. In controlled conditions, the results with higher significant differences were observed for plants under full sun. The study shows that the species
has the capacity to germinate in different light conditions, even under strong natural shading. However, this
condition reduces significantly its initial growth, which is favored by higher light intensities.