Avaliou-se a influência da exploração florestal de impacto reduzido nas fases de desenvolvimento de uma floresta de terra firme, submetida a duas intensidades de colheita de madeira na região de Paragominas, PA. Os dados foram coletados em 36 parcelas permanentes de 0,25 ha, distribuídas aleatoriamente entre os tratamentos (T1 - floresta explorada com colheita apenas do fuste comercial das árvores e T2 - floresta explorada com colheita do fuste e dos resíduos lenhosos) e testemunha (T0 - floresta não explorada). Foram consideradas três fases de desenvolvimento da floresta: madura (DAP > 40 cm); em construção (10 cm < DAP < 40 cm); e clareiras (ocorrência de uma abertura no dossel e pouca ou nenhuma árvore com DAP > 10 cm). Para verificar a homogeneidade de variâncias das subparcelas entre tratamentos, fases e anos, recorreu-se ao teste de Bonferroni, a partir das estatísticas de Bartlett e Levene. Foi aplicada uma análise de variância para o número de subparcelas por fases, anos e tratamentos, ao nível de significância de 5%. Foi realizado, também, o teste Tukey para contrastar as médias da interação entre as fases e ano. Antes da exploração, a floresta encontrava-se com 57,0% da área em estádio de construção, 38,9% em estádio de floresta madura e apenas 4,1% em fase de clareira. A exploração reduziu a área de floresta madura e em construção, ocasionando o aumento do número de clareiras, entretanto, esse aumento não apresentou diferença estatística. Um ano após a exploração foi observado o aumento da área de floresta madura (38,4%) e de construção (53,1%) e a redução das áreas de clareiras (8,4%). Três anos após a exploração os percentuais observados (Floresta madura: 37,1%; Floresta em construção: 57,9%; Clareira: 5,0%), foram semelhantes aos encontrados antes da exploração florestal. As fases de desenvolvimento da floresta não foram influenciadas pela exploração florestal, ao longo do período estudado, independente do tratamento empregado. A floresta em estudo demonstrou capacidade de se regenerar, proporcionando o fechamento do dossel, apesar do curto espaço de tempo.
The influence of reduced impact logging were evaluated on the growth phases of a terra firme forest in the Paragominas region, state of Pará, that was logged considering two intensities of timber harvesting. Data were collected in 36 permanent sample plots (0.25ha) randomly distributed among treatments (T1 – Logged forest, harvesting the stem of commercial trees; T2 – Logged forest, harvesting the stem and coarse woody debris) and control (T0 unlogged forest). Three growth phases of the forest were considered: mature (DBH > 40cm); building forest (10cm < DBH < 40cm); and gaps (occurrence of a canopy gap and a few or no tree with DBH > 10cm). The homogeneity of variances of sub-plots between treatments, growth phases and years was tested by the Bonferroni test, according to the statistics of Bartlett and Levene. An analysis of variance was applied on the number of sub-plots by phases, years and treatments at a 0.005 significance level. The Tukey test was applied for analyzing the interaction between the phases and years. Before logging the percentage of growth phases were: 57.0% building forest, 38.9% mature forest and 4.1% canopy gaps. Logging reduced the areas of mature forest and building forest, increasing the number of canopy gaps, but this increase had no statistical difference. One year after logging the area of mature forest (38.4%) and building forest (53.1%) increased while the areas of gaps (8.4%) decreased. Three years after logging the percentage of mature forest (37.1%), building forest (57.9%) and gaps (5.0%) were similar to those found before logging. The forest growth phases were not influenced by logging, over the study period. The study forest showed that it is able to grow, closing the canopy gaps, even in a short period of time.