A associação de fungos ectomicorrízicos com essências florestais nativas pode ser uma alternativa para
melhorar a adaptação e desenvolvimento de mudas em áreas reflorestadas do Estado do Rio Grande do Sul.
O objetivo deste trabalho foi caracterizar e identificar associações ectomicorrízicas em plântulas de grápia
(Apuleia leiocarpa) e canafístula (Peltophorum dubium), em condições de laboratório. Quatro tratamentos
de inoculação com isolados de fungos ectomicorrízicos foram utilizados para a grápia: UFSM RA 2.8
(Suillus sp.), UFSM RA 3.6, UFSC-Pt116 (Pisolithus microcarpus), UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.), além de
um tratamento controle, sem fungo. Para a canafístula, foram utilizados quatro isolados: UFSM RA 2.8,
UFSC-Pt116, UFSC-Sc 124 (Scleroderma citrinum Pers.) e UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.) e um tratamento
sem fungo. Em ambas as essências florestais foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com sete
repetições por tratamento. Para o desenvolvimento vegetal, avaliaram-se as seguintes variáveis: altura de
planta, massa fresca da parte aérea e do sistema radicular, massa seca da parte aérea e presença de colonização
ectomicorrízica. Observaram-se ectomicorrizas nas plântulas de grápia inoculadas com o isolado UFSM
RA 2.8 (Suillus sp.). Esse fungo também favoreceu o desenvolvimento das plântulas de grápia, como a
altura de plântulas e massa fresca e seca da parte aérea, embora não foi estatisticamente diferente aos
demais isolados. As plântulas de canafístula apresentaram indícios de formação ectomicorrízica, como a
presença do manto fúngico.
The ectomycorrhizal fungi association with native forest essences could be an alternative to improve the
adaptation and the development of seedlings in reforested areas of Rio Grande do Sul State. The aim
of this work was to identify and to characterize the ectomycorrhizal associations in Apuleia leiocarpa
and Peltophorum dubium seedlings, under laboratory conditions. Four inoculation treatments with
ectomycorrhizal isolates were used to Apelui leiocarpa: UFSM RA 2.8 (Suillus sp.), UFSM RA 3.6, UFSC-
Pt116 (Pisolithus microcarpus) and UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.) and one uninoculated as control. For P.
dubium, were used the isolates UFSM RA 2.8 UFSC-Pt116, UFSC-Sc124 (Scleroderma citrinum Pers.) and
UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.), and control. For both forest essences there were seven replicates per treatment.
It was analyzed the following parameters: height of plants, fresh matter of shoots and roots, dry matter of
shoots and roots and presence of ectomycorhizal colonization. Ectomycorrhizas were observed in Apuleia
leiocarpa seedlings inoculated with the isolate UFSM RA 2.8 (Suillus sp.). This fungus also improved
seedlings growth, as height of plants, fresh and dry matter of shoots, although, it was not statistically
different from the other isolates. Seedlings of Peltophorum dubium presented evidences of ectomycorrhizal
formation, like the presence of a fungal mantle.