O conflito homem vs. natureza será uma nova síntese para processos de restauração? Quais modelos e técnicas usam-se para entender e fazer restauração? Quai as implicações que decorrem da escolha de um paradigma para o processo de restauração? Para o desenvolvimento da raça humana sobre o planeta Terra houve a necessidade de drásticas mudanças nas paisagens, estrutura e funcionalidade dos ecossistemas. Técnicas de produtividade foram responsáveis para a manutenção da sociedade, mas no mínimo, não são as adequadas para os processos de restituição da natureza, pois restauração da biodiversidade não é sinônimo de produtividade. Uma nova tendência de restauradores prima por resgatar modelos de conservação da biofuncionalidade e resgate de interações entre organismos do sistema. A nucleação representa uma oportunidade de incorporar os princípios-chave da metáfora do “fluxo da natureza” à prática da restauração ecológica. A proposta do modelo de nucleação é biocêntrica: auxiliar a natureza em núcleos que recobrem em torno de 10 a 30% da área degradada e permitir que nos demais espaços seja restabelecida uma complexa rede de interações entre os organismos e uma heterogeneidade sucessional, nos quais o ecossistema poderá convergir para múltiplos pontos de equilíbrio no espaço e no tempo.
Is the conflict of man versus nature a new synthesis for restoration processes? What models do we use to understand and apply restoration? What are the implications resulting from the choice of a paradigm for the restoration process? The development of the human race on Earth required drastic changes in the landscapes, structures and functionalities of the planet’s ecosystems. Techniques of productivity were responsible for the maintenance of the society, but those techniques do not serve to restitute nature, because the restoration of biodiversity is not a synonymous of productivity. A new tendency of restorers is to retrieve models of biofunctionality conservation and of interactions among the organisms of the system. Nucleation represents an opportunity to apply the key principles of the metaphor of the “flow of nature” to the practice of ecological restoration. The proposal of the nucleation model is biocentric, namely, to aid nature in nuclei covering about 10-30% of the degraded area, allowing a complex network of interactions between the organisms and a successional heterogeneity to be reestablished in the remaining space, where the ecosystem can converge towards multiple points of equilibrium in space and time.