O uso múltiplo das florestas plantadas pelo setor industrial de base florestal vem aumentando gradativamente. Hoje, a utilização da madeira de eucalipto para fins mais nobres já é uma realidade. Porém, algumas limitações como a presença de tensões de crescimento são responsáveis por grandes perdas no setor. As tensões de crescimento geram rachaduras de topo em toras e tábuas e também empenamentos nas peças após o desdobro. Dentro desse contexto, este trabalho objetivou avaliar essas tensões em diferentes classes diamétricas e alturas, em indivíduos de Corymbia citriodora e Eucalyptus urophylla, usando o método não destrutivo da medição da deformação residual longitudinal (DRL), ao redor da circunferência dos troncos das árvores. As deformações residuais longitudinais, associadas às tensões de crescimento para Corymbia citriodora e Eucalyptus urophylla, respectivamente, foram, em média, de 0,106 e 0,092 mm. O efeito da classe diamétrica em Corymbia citriodora evidenciou correlação negativa significativa com a DRL, enquanto a altura não mostrou qualquer tendência quando relacionada com a DRL dessa espécie. Em Eucalyptus urophylla foi possível observar que tanto a correlação com o diâmetro à altura do peito (DAP) quanto com a altura foi significativa, apresentando coeficientes negativos, ou seja, as tensões de crescimento foram menores em árvores com maiores DAP e maiores alturas.
The multiple-use of planted forests by the forest products industrial sector has been increased gradually. Today, eucalyptus wood is used for nobler applications. However, some limitations, such as the presence of growth stresses, are responsible for great losses in the sector. Growth stresses generate cracks in the tops of logs and boards followed by warping. In this context, the objectives of the present work were to evaluate the growth stresses in individual Corymbia citriodora and Eucalyptus urophylla with different diameter and height classes, by the longitudinal residual strain (LRS) nondestructive method, around the trees circumference. The average longitudinal residual strain, associated to the Corymbia citriodora and Eucalyptus urophylla growth stresses, were 0.106 and 0.092 mm, respectively. For Corymbia citriodora, the diameter at breast height (DBH) had a negative significant correlation with the LRS, while the height did not show a significant correlation. For Eucalyptus urophylla, a negative significant correlation between LRS and both variables, DBH and height, was observed. Indeed, growth stresses were lower for greater DBH and heights.