Estudos em diversos países têm evidenciado a ocorrência de transição florestal, fenômeno em
que o aumento da cobertura florestal supera as perdas por desflorestamento. No Brasil, embora o desflorestamento
ocorra em maior grau que a expansão das florestas, é possível que em certas regiões essa relação seja inversa.
Levantamentos recentes sugerem a tendência do Estado de São Paulo em direção à transição florestal. Com
os objetivos de analisar as evidências dessa transição e facilitar o uso da informação já existente, fez-se uma
revisão de quatro fontes de dados sobre a variação da cobertura vegetal nativa em São Paulo (Instituto Florestal,
SOS Mata Atlântica/INPE, IBGE e CATI/IEA). Os resultados indicaram que as discrepâncias entre esses levantamentos
podem, ao menos em parte, ser atribuídas a diferenças metodológicas e de objetivos. Ressaltam-se seus pontos
de concordância e discutem-se possibilidades de harmonização dessas informações.
Studies in several countries have shown the occurrence of forest transition, when forest cover
increase overcomes the loss by deforestation. In Brazil, although deforestation is still higher than afforestation,
this relationship may be inverse in some regions. Recent assessments suggest the tendency of the state of
São Paulo towards forest transition. Aiming to analyze forest transition evidence and facilitate the use of
existing information, we review data on native vegetation cover variation in São Paulo from four data sources
(Instituto Florestal, SOS MataAtlântica/INPE, IBGE and CATI/IEA). Our results indicate that discrepancies
among these assessments may be accounted by differences in methodologies and objectives. We highlight
their common grounds and discuss possibilities to harmonize their information.