O objetivo deste estudo foi verificar a continuidade espacial do número de fustes e do volume nas diferentes formas e intensidades amostrais de Eucalyptus grandis com idade entre 3 e 4 anos. A área de estudo abrangeu quatro talhões, totalizando 104,71 ha, pertencentes à Ripasa S/A Celulose e Papel. Os dados para a realização do estudo de variabilidade espacial foram coletados em parcelas circulares e em parcelas em linhas distribuídas sistematicamente na área, nas intensidades de 1:4 (1 parcela a cada 4 ha), 1:7 e 1:10. Foi possível verificar que, tanto em número de fustes quanto em volume, os dados apresentaram distribuição aproximadamente normal. Pela análise variográfica, foi verificado que as características número de fustes e volume de madeira apresentaram-se estruturadas espacialmente. O modelo exponencial foi o que se ajustou melhor aos semivariogramas experimentais das características nas diferentes formas de parcela e intensidade amostral. A continuidade espacial foi detectada em todas as intensidades amostrais e formas de parcelas avaliadas, quanto a número de fustes. Portanto, o uso da estatística espacial no processamento dessa variável aumentará a precisão das estimativas. No caso de volume, na intensidade amostral 1:10 não foi possível detectar continuidade espacial. Em tal condição, deve-se utilizar a estatística clássica para processamento do inventário florestal.
This study aimed to verify the spatial continuity of trunk number and wood volume in different plot shapes and sample intensities of Eucalyptus grandis plantations with age varying from three to four years. The study area includes four stands, totalizing 104.71 hectares owned by Ripasa S/A Cellulose and Paper Company. The data for accomplishing the spatial variability study were collected in circular and line plots distributed systematically in the area at 1:4, 1:7 and 1:10 intensities. It was possible to verify that both for trunk number and volume, the data have presented, approximately, normal distribution. Based on variogram analysis, trunk number and wood volume variables were found to be spatially structured. The exponential semi-variogram model was the best model fitted to the experimental semi-variograms of the variables in different plot shapes and sample intensities. The spatial continuity of the trunk number variable was detected at all sample intensities and plot shapes. Therefore, the use of spatial statistics to process this variable will increase the precision of the estimates. Considering the volume, at sample intensity 1:10, we could not evaluate the existence of a spatial continuity structure. Under this condition, classic statistics should be used to process the forest inventory.