Diante da profusão de Áreas de Preservação Permanente na Zona da Mata mineira e da intensa conversão de uso dessas áreas para as atividades rurais, analisou-se a influência do passivo natural na rentabilidade operacional de 37 propriedades rurais, comparando-se o valor presente líquido (VPL) em duas situações distintas: com e sem a inclusão dos gastos para a recomposição das APPs e das RLs de R$ 1.654,10 por hectare. Com a inclusão destes gastos o VPL apresentou redução de 119,24%, passando de positivo (R$ 341,12) para negativo (R$ 65,61), e o porcentual de propriedades com VPL negativo passou de 18,9 para 48,7%, indicando um reflexo econômico e social negativo caso os proprietários rurais sejam coagidos a recompor, com ônus próprio, as áreas com uso convertido. Avaliou-se, ainda, a sustentabilidade dessas propriedades com o emprego de um modelo proposto no presente estudo, composto de indicadores construídos com embasamento nos critérios estabelecidos no art. 186 da Constituição Federal para o atendimento da função social da propriedade (FSP). Para análise dos índices, escalonou-se a sustentabilidade em quatro posições: plena sustentabilidade (PS), média sustentabilidade (MS), baixa sustentabilidade (BS) e insustentável (I), atribuindo uma faixa de valor para cada uma dessas escalas. Os índices revelaram a existência de média sustentabilidade social, alta sustentabilidade econômica e baixa sustentabilidade ambiental para as propriedades avaliadas em conjunto. O índice de sustentabilidade geral, que agrega as três dimensões avaliadas, posicionou a região como de alta sustentabilidade. O modelo de avaliação da sustentabilidade proposto pode ser aplicado pelo próprio proprietário e utilizado como instrumento na gestão da propriedade rural, contribuindo para a conscientização das reais condições da propriedade para a legislação pertinente e para a instituição de políticas públicas voltadas ao equilíbrio rural nas dimensões não somente ambiental, mas também econômica e social.
In view of the wealth of permanent preservation areas Mata Zone and the intensive use of these conversion for rural areas, activities examined the influence of natural operating profitability liability of 37 rural properties, comparing the net present value (NPV) into two distinct situations: with and without the inclusion of expenses for the revival of APP and RL $ 1,654.10 per hectare. With the inclusion of these expenses VPL presented a reduction of 119.24%, from positive ($ 341.12) for negative ($ 65.61), and the poprcentage of properties with negative VPL went from 18.9% to 48.7%, indicating a negative economic and social reflection if landowners are again reconstructed, with its own burden using converted areas. Assessed, the sustainability of these properties with the employment of a model proposed in the present study, composite indicators built with reliance on the criteria set out in art. 186 of the Federal Constitution of the social function of property (FSP). For the analysis of indexes, phased to sustainability in four positions: full sustainability (PS), average sustainability (MS), low sustainability (BS) and unsustainable (I), assigning a range of value for each of these scales. The indices showed average social sustainability, economic xix sustainability high and low environmental sustainability for properties evaluated together. The overall sustainability index, which aggregates the three dimensions evaluated, positioned region as sustainability. The model proposed sustainability assessment can be applied by the owner and used as a tool in the management of rural property, contributing in awareness of the real conditions of the relevant legislation property and the imposition of public policies focused on rural balance not only environmental dimensions, but also economic and social.