Os aceiros não naturais têm sido alternativa viável e de amplo uso no meio florestal, nas unidades de conservação e nas margens de rodovias para a redução na propagação do fogo. O seu principal objetivo é o de quebrar a continuidade do material combustível, compartimentalizando a área preferencialmente por grupo de material combustível homogêneo. Com o surgimento de novos produtos e de novos equipamentos de aplicação, os aceiros tradicionais têm sido substituídos por aceiros molhados, aceiros verdes ou aceiros químicos. Dentre as técnicas existentes, o presente trabalho teve por objetivo testar a melhor dosagem de um supressante de fogo, em uma área de pastagem formada pela gramínea Brachiaria decumbens. O supressante utilizado foi o phos-chek, um produto cujo princípio ativo é uma mistura de fosfato de amônio com sulfato de amônio na concentração de 0,134 kg/L. As dosagens aplicadas foram de 300, 600, 900 e 1.200 mL/m 2 . A aplicação foi feita com bomba costal anti-incêndio, em parcelas de 2,0 x 5,0 m, com quatro repetições, utilizando-se o delineamento experimental de parcelas inteiramente ao acaso. Foram medidos o tempo gasto para o fogo queimar a parcela sem o produto; o tempo gasto para o fogo queimar a parcela com o produto; a distância que o fogo avançou na parcela com o produto; e a intensidade de queima, além do monitoramento do tempo, medindo-se a umidade relativa e a velocidade do vento em períodos de uma hora. A linha de fogo demorou cerca de 25 vezes mais tempo para queimar dentro da parcela com o produto, na dosagem de 1.200 mL/m 2 , que na parte sem o produto. O fogo queimou toda a parcela na dosagem de 300 mL/m 2 , mas o tempo de queima na parte com o produto foi maior que na sem produto. O phos-chek altera a reação da combustão, retardando o processo de queima e, quanto maior a dosagem, maior o efeito na inibição da reação. A melhor dosagem foi a de 1.200 mL/m 2 , mas deve-se estudar o efeito de dosagens entre 900 e 1.200 mL/m 2 , para melhorar a relação custo/benefício do uso desse produto.
Non-natural firebreaks has been an alternative of wide use in forests, conservation units and at road borders to reduce fire propagation. The main objective of these firebreaks is to manage the fuel material, breaking the continuity of the fuel material. With the emergence of new products and equipment, the traditional firebreaks have being replaced by wet, green or chemical firebreaks. The objective of this work was to test the best dose of a fire retardant in a pasture area formed by Bracharia decumbens grass. Phos-chek retardant, a mixture of amonium phosphate and amonium sulphate, was used in the concentration of 0.134 kg/L. The doses were 300, 600, 900 and 1,200 ml/m 2 . The application was carried out with a backpack pump in plots of 2 x 5 m, with four repetitions, using the complete randomized blocks design. The time spent by the fire to burn the plot without the product, time spent by the fire to burn the plot with the product, distance advanced by the fire within the plot with the product, and the burning intensity were measured. Relative moisture and wind speed were measured at one-hour intervals. The fire line took 25 times more to burn the plot with the product, in the plot with 1,200 ml/m 2 , than the plot without the product. The fire burnt the entire plot with the 300 ml/m 2 dose, but the burning time in the plot with the product was larger than that one on the plot without the product. Phos-chek changes the combustion reaction, retarding the burning process and the greater the dose the greater the reaction of inhibition. The best dose was that of 1,200 ml/m 2 , but further studies are necessary to final out the effects of doses from 900 to 1,200 ml/m 2 , to improve the cost/benefit rate of product use.