Este estudo teve como objetivos elaborar um mapa de uso da terra com base nas imagens do satélite IKONOS II, delimitar de maneira automática as áreas de preservação permanente e identificar a ocorrência de conflito de uso, tendo como referência legal o Código florestal e a Resolução n. 303, do CONAMA. A pesquisa foi desenvolvida na bacia hidrográfica do rio Alegre, situada no sul do estado do Espírito Santo. Utilizando os recursos disponíveis no geoprocessamento, foi possível mapear 12 classes de uso da terra e delimitar as áreas de preservação permanente situadas no terço superior dos morros (49,7 ha); encostas com declividade superior a 45 graus (27,5 ha); nascentes e suas respectivas áreas de contribuição (1.975,6 ha); margens dos cursos d ́água com largura inferior a 10 metros (2.818,3 ha); e no terço superior das sub-bacias (4.695,8 ha), perfazendo um total de 9.566,9 ha (45,95%) da área total da bacia. A área de uso indevido correspondeu a 7.499,7 ha (43,80%), sendo as classes cafezal (979,6 ha) e pastagem (6.179,8 ha) as principais ocorrências nessas áreas. Apenas 1.780,7 ha (18,61%) das áreas de preservação permanente estão protegidas por vegetação nativa.
The objective of this study map the landuse/landcover using IKONOS II data, automatize the delineation of permanent preservation areas and to identify landuse conflict based on the Brazilian Forest Code and Resolution no 303 of CONAMA. The study was developed in the Alegre river watershed, located in the south region of the State of Espirito Santo, Brazil. Twelve landuse classes were mapped, along with the following permanent preservation areas: upper third of hills (49,7 ha); hillsides with slopes above 45 degrees (27,5 ha); springs and their respective contributing areas (1.975,6 ha); riparian zones with width less than 10 meters (2.818,3 ha); and upper third of sub-basins (4.695,8 ha), summing 9.566,9 ha (45.95%). The area of undue use corresponded to 7.499,7 ha (43,80%), with coffee plantation and pasture classes occupying most of this area (74.73%). Only 1.780,7 ha (18.61%) of permanent preservation areas are protected by native vegetation 7.786,2 ha (81.39%).