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Na região de Paragominas na Amazônia Oriental, comparamos os da- nos nas operações de exploração madeireira com e sem planejamento associados às fases da exploração, ou seja: i. derrubada da árvore; ii. manobra da máquina para laçar as toras com o estropo (laços de cabo de aço); iii. arraste das toras para os pátios de estocagem; iv. construção dos pátios de estocagem; e (5) construção das estradas de exploração. A exploração planejada foi feita com um trator florestal de rodas (skidder) ou um trator de esteiras equipado com um guincho, enquanto a exploração sem planejamento foi feita com um trator de esteiras sem guincho. Para cada árvore comercial derrubada na exploração sem planejamento foram danificadas mais 16 árvores com DAP 3 10 cm. Além disso, a área afetada foi 100 m² maior do que na operação com planejamento. Na fase de derrubada da árvore, o número de árvores que sofreram danos severos na copa (perda da copa) foi significativamente maior (Teste t de Student; p < 0,002) na operação sem planejamento (7,4 versus 4,5 árvores/árvore derrubada). Também nesta operação, o número de árvores esmagadas (7,2 versus 4,9 árvores/árvore derrubada) foi significativamente maior (Teste t de Student; p < 0,0006) do que na operação planejada. Mais árvores sofreram danos moderados ou severos ao longo das trilhas de arraste sem planejamento comparado às trilhas planejadas. Essas diferenças são particularmente pronunciadas nas categorias de dano no tronco (7,9 árvores com DAP 3 10 cm esmagadas e 5,3 árvores com DAP 3 10 cm com dano moderado no tronco por 100 metros da trilha de arraste sem planejamento com trator de esteiras versus 5,3 árvores esmagadas e 2,2 árvores com dano moderado no tronco por 100 metros da trilha de arraste planejada usando skidder). A operação de derrubada de árvore danificou mais árvores com DAP 3 10 cm por hectare que as outras fases da exploração. Sendo que a derrubada sem planejamento danificou aproximadamente duas vezes mais árvores por hectare que a derrubada com planejamento (124 versus 64). Além disso, a área sem planejamento teve uma porcentagem mais baixa de clareiras de exploração contendo apenas uma árvore derrubada e uma porcentagem mais alta de clareiras contendo duas, três e quatro árvores derrubadas. A média da área de todas as clareiras juntas foi significativamente maior na exploração sem planejamento (Teste t de Student, p < 0,0001; 355 m², s = 288 m², n = 80) do que na operação planejada (166 m², s= 118 m², n = 108). Nesta operação, o corte de cipós dois anos antes da exploração e a implementação da derrubada direcional reduziram os danos às árvores. Estimamos que a margem de lucro das companhias que aderissem a técnicas de exploração planejada aumentaria. Os custos associados a este tipo de exploração são compensados pelos seus benefícios, isto é, tempo reduzido de operação da máquina, trabalho reduzido por metro cúbico de árvore extraída e menos desperdício de madeira. Além disso, com a implementação destas técnicas, mais de 80 árvores com DAP 3 10 cm por hectare seriam poupadas de danos durante as operações de exploração. Pelo exame dos tipos de dano nas árvores e do terreno que foi perturbado nas cinco fases da operação de exploração, podemos recomendar medidas de exploração planejada que podem reduzir os danos à floresta remanescente em 25 a 33% e, assim, melhorar a probabilidade de manejo da floresta tropical em um ciclo de corte de 30 a 40 anos. |
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