Plants react to changes in light and hydrological conditions in terms of quantity and composition of chloroplastidic pigments, which affects the photosynthetic properties and consequently the accumulation of plant biomass. Thus, the chloroplastidic pigment concentration and chlorophyll a fluorescence of three Amazonian species (Bertholletia excelsa, Carapa guianensis e Dipteryx odorata) were investigated in sun and shade leaves form the tree crown collected during two distinct periods of precipitation (dry and rainy seasons). Pigment contents were determined by spectrophotometry and fluorescence variables were determined using a portable fluorometer. The results demonstrated that the species showed high concentrations of Chl a, Chl b e Chl total during the wet season in relation to the dry season, especially in shade leaves. A higher concentration of carotenoids was found in B. excelsa, when compared with leaves of C. guianensis and D. odorata. In leaves of B. excelsa and D. odorata no significant difference was found in relation to the photochemistry of photosystem II (Fv/Fm) between the wet and dry seasons. In conclusion, the three species react differently to variations in the light and precipitation conditions regarding light capture, aspects that might be considered in the management of forest plantations.
As plantas respondem a mudanças nas condições de luz e na disponibilidade hídrica em termos da quantidade e composição dos pigmentos cloroplastídicos, o que afeta as propriedades fotossintéticas e, conseqüentemente, o acúmulo de biomassa das espécies. Assim, a concentração de pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila a de três espécies arbóreas (Bertholletia excelsa, Carapa guianensis e Dipteryx odorata) da Amazônia foi investigada em folhas sombreadas e não-sombreadas da copa das árvores e em dois períodos distintos de precipitação (chuvoso e seco). As concentrações de pigmentos foram determinadas por espectrofotometria e as variáveis de fluorescência, por meio de um fluorômetro portátil. Os resultados indicaram que as espécies estudadas exibiram maiores concentrações de Chl a, Chl b e Chltotal no período chuvoso, em comparação com o período seco, em especial em folhas de sombra. As maiores concentrações de carotenóides foram observadas em B. excelsa, em comparação com as folhas de C. guianensis e D. odorata. Nas folhas de B. excelsa e D. odorata, não foram encontradas diferenças significativas em relação à fotoquímica do fotossistema II (Fv/Fm), entre os períodos chuvoso e seco. Conclui-se que as três espécies respondem de modo diferente à variação da luz e às condições distintas de precipitação quanto à captura de luz, aspecto que deveria ser considerado no manejo de plantios florestais.