Resumo:
A avaliação dos arranjos em termos de espaçamento a ser adotado nos plantios florestais tem sido focada na produção volumétrica em detrimento da estocagem de carbono. Entretanto, com a busca de atividades que possam contribuir com a minimização da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, torna-se necessário indicar quais espaçamentos têm maior potencial de estocagem de carbono ao longo do crescimento da floresta. Neste sentido, objetivou-se com este trabalho estimar o estoque de carbono em um plantio de eucalipto destinado à produção de carvão em diferentes espaçamentos. O estudo foi conduzido em um plantio com o híbrido E. urophylla x E. grandis, dividido em quatro espaçamentos (2 x 1 m, 2 x 2 m, 3 x 2 m e 3 x 3 m) com 18 meses de idade e implantados na zona rural da cidade de Lamim, MG. Para a geração das equações foram abatidas árvores-amostra, sendo quatro nos espaçamentos menores e três nos espaçamentos maior (3 x 3 m). Ajustaram-se equações de acordo com o modelo de Schumacher e Hall (1933) para obter o volume, carbono total e por compartimento (folhas, galhose fuste). Em relação aos compartimentos, o fuste com casca foi o compartimento com maiores níveis de biomassa e carbono. Comparando-se os espaçamentos, o 2 x 1 m foi o que apresentou uma maior produção de biomassa e estocagem de carbono, isto porque este espaçamento tem um maior volume no início de biomassa e carbono. Entretanto, espera-se que ao longo do tempo, o seu desenvolvimento diminua, devido à maior competição entre os indivíduos, podendo ocasionar o aparecimento de árvores dominadas e até mortas. Com isso, espera-se que os outros espaçamentos possam ter uma maior quantidade de biomassa e carbono por árvore, em idades mais avançadas. Faz-se necessário, portanto, o monitoramento da área até a idade de corte para avaliar o desenvolvimento de cada espaçamento e o nível de incremento de carbono.