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Atualmente, a murcha-de-ceratocystis, causada por Ceratocystis fimbriata, é considerada uma das principais doenças dos plantios de eucalipto no Brasil. Essa doença tem causado grandes danos no crescimento volumétrico, rendimento de celulose e redução do valor da madeira destinada à serraria. Esses danos podem ser em consequência das alterações fisiológicas que esse fungo pode causar nas plantas afetadas. O fungo coloniza principalmente o sistema vascular de plantas suscetíveis, podendo resultar na murcha e morte das mesmas. Com isso, este trabalho teve como objetivo, avaliar as alterações fisiológicas resultantes da infecção por C. fimbriata, em plantas de dois clones de eucalipto, sendo um híbrido resistente (Eucalyptus grandis x E. urophylla) e outro suscetível à doença (Eucalyptus grandis). Avaliações de potencial hídrico foliar, trocas gasosas e florescência da clorofila a, foram realizadas em mudas dos dois clones, inoculadas ou não com o fungo. Biomassa seca da parte aérea e do sistema radicular, foram determinadas ao final do experimento, assim como a avaliação da severidade da doença. Alterações negativas foram encontradas no potencial hídrico foliar (Ψ) de plantas suscetíveis inoculadas (SI) com o progresso da doença. Assimilação líquida de carbono (A), condutância estomática (gs), taxa transpiratória (E), rendimento quântico do quenching fotoquímico (qp) e a taxa de transporte linear de elétrons (ETR) foram significativamente menores em plantas SI, 25 dias após a inoculação (25dai). Entretanto, não foram observados danos ao fotossistema II nos quatro tratamentos (suscetível inoculado, suscetível não inoculado, resistente inoculado e resistente não inoculado). Apesar de plantas SI não apresentarem taxas de crescimento relativo menores, a biomassa seca da parte aérea e do sistema radicular foi menor quando comparadas aos demais tratamentos. A percentagem de tecido doente (%TD) foi significativamente maior em plantas consideradas suscetíveis que foram inoculadas. Foi sugerido que, o estrese hídrico causado pela infecção, por se tratar de um fungo vascular, leva à redução do potencial hídrico foliar e consequente diminuição da condutância estomática. Essa diminuição, por sua vez, decresce as taxas de fotossíntese e transpiração das plantas. A compreensão dessas alterações fisiológicas fornece conhecimentos adicionais importantes para entender as alterações que ocorrem durante o processo infeccioso de C. fimbriata em eucalipto e que podem gerar um decréscimo considerável na produtividade da cultura. |
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