Resumo:
O capim-elefante é uma biomassa que apresenta baixa densidade e alta umidade, tendo como consequência elevação dos custos, principalmente, de transporte e armazenamento, sendo necessária sua previa secagem e compactação. A peletização é a mais recente técnica utilizada no Brasil para compactar a biomassa, gerando um material granulado denominado de pellet, de alta densidade energética. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial do capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) para produção de pellets. A biomassa de capim-elefante foi caracterizada quanto às suas propriedades físicas e químicas. Foram produzidos pellets com diferentes umidades das partículas, posteriormente, foram determinadas suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Os resultados foram comparados com a norma EN 14961-6 de comercialização. Observou-se que o capim-elefante contém um elevado teor de cinzas, o que pode ocasionar o aumento da corrosão de equipamentos de queima e redução do valor de mercado, além do menor poder calorífico em relação à outras fontes de biomassa. A peletização promoveu um incremento energético e em massa por unidade volumétrica de aproximadamente 4 vezes em relação à biomassa particulada. Tal fato viabiliza o transporte a maiores distâncias, otimiza o armazenamento e a geração de energia para um mesmo volume. De modo geral, as partículas de capim-elefante com 12% de umidade proporcionou a produção de pellets com melhores propriedades físicas, químicas e mecânicas. Por fim, conclui-se que o capim-elefante apresenta potencial para produção de pellets destinados tanto ao consumo residencial quanto industrial, principalmente para o mercado nacional devido aos custos de exportação.