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O petróleo é uma importante commodity, fonte de energia e de matéria-prima para inúmeros compostos, os petroquímicos. Desde o início da revolução industrial, por volta de 1750, a humanidade depende de fontes fósseis não renováveis de petróleo e de carvão. Como essas fontes não são renováveis, elas serão exauridas um dia. Não é uma questão de “se”, mas de “quando”. A humanidade passa por uma fase de transição, quando deixa de depender do petróleo, e começa a explorar e reexplorar fontes renováveis de energia (eólica, solar, hídrica, entre outras) e de matéria-prima (biomassa). Nesse contexto, a fitomassa vegetal assume um papel de destaque. Das plantas, podem-se obter: proteínas; aminoácidos e enzimas de interesse industrial; óleos e gorduras, com utilidades energéticas e de síntese de matérias-primas; lignina (uma substituta para o carvão, a qual é um combustível sólido que ainda pode ser convertido em combustível gasoso e pode ser a origem de uma rede de derivados similar à dos petroquímicos); hemicelulose; matéria-prima para produção de espessantes, adesivos, emulsificantes, estabilizantes, edulcorantes, plásticos, entre outros; e celulose, capaz de ser convertida em combustível líquido e em matéria-prima para vários ramos industriais, hoje atendidos pela petroquímica. Apesar de as plantas poderem fornecer todos os materiais acima citados, dificilmente um mesmo vegetal será apto para fornecer, ao mesmo tempo, todos esses materiais. Dessa forma, torna-se fundamental que se conheçam as potencialidades de cada fonte de biomassa, bem como suas limitações. As metodologias aqui descritas, principalmente para celulose, hemicelulose e lignina, podem apresentar uma grande variação de resultados, tanto por causa das diferentes composições dos materiais lignocelulósicos, como também por causa dos próprios erros intrínsecos dos métodos. Há metodologias mais precisas, que empregam a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE ou HPLC, na sigla em inglês), com procedimentos não citados aqui. As metodologias aqui apresentadas visam permitir comparações e medições que não necessitem de muita acurácia, e que permitam um conhecimento mínimo sobre o material utilizado. Dessa forma, neste documento visa-se reunir e apresentar protocolos utilizáveis para determinar o percentual, em massa, das frações lignocelulósicas (umidade, cinzas, extrativos, lignina, hemicelulose e celulose) de um material vegetal, auxiliando na otimização da exploração das suas oportunidades. |
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