Resumo:
A Medição de altura de árvores em florestas nativas não é uma tarefa tão fácil quando comparado às florestas plantadas, pois estas possuem espaçamentos regulares e maior homogeneidade do povoamento. Já nas florestas nativas a variação de diâmetros e alturas é grande, além de ocorrer assimetria dos espaçamentos. Alguns instrumentos são usados para se medir alturas, como o clinômetro eletrônico, que proporciona certos benefícios, por ser pequeno e leve, ao contrário das réguas, que geralmente são grandes e pesadas. Em compensação a régua fornece valores com alta precisão, por ser um método direto de obtenção de alturas, já o clinômetro apresenta erros na obtenção das alturas. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar o uso destes dois instrumentos na medição de alturas totais de árvores em uma floresta nativa do sul do estado do Espírito Santo. Com a finalidade de verificar se há ou não diferença significativa entre os estes métodos de obtenção das alturas, aplicou-se o teste t. Além disso, foram feitos a análise gráfica de resíduos e cálculos das estatísticas complementares Viés (V), Média das Diferenças (MD) e Desvio Padrão das Diferenças (DPD). Como resultados obtidos, notou-se que os erros oriundos do método de obtenção das alturas com o clinômetro tiveram distribuição homogênea ao longo das alturas, não havendo assim tendências para o método, quando comparado ao da régua; os valores de V e MD deram próximos de “0”, o que indica que o método apresenta precisão relativamente boa, e finalmente, pôde-se concluir que o método de obtenção de alturas de árvores com o clinômetro eletrônico foi estatisticamente igual, ao nível de 5% de significância, pelo método da régua telescópica.