Resumo:
Atualmente, o oídio é a principal doença do cajueiro no Brasil. Os danos decorrentes têm causado prejuízos diretos aos produtores, pois afetam tanto o pedúnculo quanto a castanha. Ainda são poucas as informações sobre a influência da doença na qualidade das castanhas e amêndoas. Esta pesquisa teve como objetivo comparar as características biométricas de castanhas sadias e doentes de diferentes genótipos de cajueiro do programa de melhoramento genético da Embrapa. A ocorrência de oídio nas castanhas afetou negativamente as suas características biométricas, assim como as das amêndoas, mas com variação entre os genótipos. As massas das castanhas e das amêndoas dos genótipos ‘Comum 5’, ‘Comum 21’ e ‘FAGA 1’ não foram influenciados pela incidência de oídio. Os maiores decréscimos na massa da castanha ocorreram nas dos genótipos ‘Pio 3’, ‘Pio 15’, ‘Pio 9’, ‘FAGA 11’, ‘Comum 31’ e ‘Comum 16’, entre 22,4% e 26,6%. Quanto às amêndoas, os maiores decréscimos na massa ocorreram nas dos genótipos ‘Pio 11’, ‘Pio 9’, ‘Pio 4’, ‘Comum 31’, ‘Pio 15’, ‘Comum 16’ e ‘Pio 7’, entre 21,2% a 24,4%. Os resultados mostraram que a ação do fungo é genótipo-dependente, havendo a possibilidade de se obterem genótipos tolerantes à doença.