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Os cerrados brasileiros ocupam uma área de, aproximadamente, 207 milhões de hectares, que se estende pela região Centro-Oeste, atingindo parte das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do País. Esta dimensão equivale a 25% do território nacional e tem uma abrangência que vai das proximidades do Equador ao Trópico de Capricórnio. São 112 milhões de hectares aráveis, distribuídos pelos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Distrito Federal, Rondônia, Roraima e São Paulo. Deste total, apenas 12 milhões de hectares são utilizados em produção de grãos e 40 milhões de hectares, em pastagem. A área utilizada na produção de grãos contribui com 30% da produção nacional, o que corresponde a 20 milhões de t/grãos, ou seja, 10% do potencial de produção. Por sua vez, os 40 milhões de hectares utilizados em pastagem suportariam 40% do rebanho bovino nacional. Considerando o potencial de terras agricultáveis de 80 milhões de hectares, com possibilidade de obter produtividades médias em torno 2,5 t/ha/ano, os cerrados poderão produzir 200 milhões de toneladas de grãos, suficientes para alimentar uma população de 500 milhões de pessoas (EMBRAPA-CPAC, 1994). Estes resultados de pesquisa mostram que nos cerrados se poderão ser produzidos alimentos para toda a população brasileira e ainda serem gerados excedentes exportáveis. Desde 1978, a região de cerrados no Brasil vem sendo favorecida pelos investimentos oriundos do Programa de Cooperação Técnico-Científica para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados-PRODECER, de fundamental importância para a geração de tecnologias e produção de alimentos. A partir de 1994, foi criado o PRODECER III, englobando uma área de 80.000 hectares nos estados do Maranhão e Tocantins, e com investimentos da ordem de 138 milhões de dólares, parte originária do JICA (Japan International Coop. Agency), onde se prevê uma produção agrícola de 30 milhões de dólares ao ano com a exploração de soja, milho, arroz e fruteiras (Oliveira et al., 1994). Este trabalho objetiva apresentar as potencialidades da zona de cerrados da região Nordeste (Piauí, Maranhão, Bahia) e norte do Estado de Tocantins para a exploração da fruticultura, com destaque para o caju. |
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