Resumo:
O propósito deste trabalho é analisar a evolução da certificação florestal no Brasil, avaliando seus custos e desempenhos distintos entre florestas nativas e florestas plantadas. A certificação florestal é o processo pelo qual se verifica se uma floresta, seja ela plantada ou nativa, foi e está sendo manejada de acordo com padrões ambientais, econômicos e sociais pré-estabelecidos. Através da análise interpretativa de dados secundários organizados em tabelas e gráficos, o presente trabalho conclui que: (1) existem vários esquemas de certificação no mundo, sendo que o FSC (Forest Stewardship Council) é o mais utilizado na América Latina, inclusive no Brasil, mas não na América do Norte, na Europa Ocidental, Ásia e Oceânia; (2) a certificação florestal no Brasil teve grande crescimento de 1995 a 2005, passando de cerca de 100 mil hectares para 3,5 milhões de hectares; (3) a maior parte da área florestal certificada no Brasil é composta por florestas plantadas, e as florestas nativas certificadas estão concentradas no Pará e destinadas à exploração madeireira; (4) a certificação florestal comunitária e para produtos não madeireiros ainda é incipiente no Brasil; (5) os custos da certificação por hectare de floresta são decrescentes quanto maior é a área certificada, isto explica as áreas certificadas no Brasil serem de grandes dimensões e possuídas por grandes empresas; (6) tanto florestas plantadas quanto nativas apresentam vantagens na certificação de modo a contornar pressões ambientais nos mercados consumidores.
Descrição:
Apresentação do conteúdo: Resumo; Abstract; Introdução; Revisão de literatura; Metodologia, fonte de dados e organização do trabalho; Os processos de certificação florestal; A certificação florestal no Brasil; Os custos da certificação; Vantagens da certificação: florestas nativas versus florestas plantadas; Conclusões; Bibliografia citada.