Resumo:
Este artigo analisa a competitividade do setor produtivo de carvão vegetal para siderurgia, identificando as vantagens e desvantagens que circundam a produção em Minas Gerais. O modelo teórico utilizado é a teoria da competitividade, e o analítico o modelo de Diamante de Porter. De acordo com os resultados, pode-se constatar que o Estado de Minas Gerais está muito bem posicionado tecnicamente, fazendo jus ao título de maior pólo de produção de carvão vegetal do país. Entretanto, apresenta pontos desfavoráveis no que se refere ao processo como um todo. A distância das praças de carbonização aos centros siderúrgicos, a escassez de matéria-prima no curto prazo, a relativa escassez de mão-de-obra, treinada e não-treinada na região, e a não imposição deste como um “verdadeiro setor”, apesar de possuir potencial para isso, podem ser citadas como exemplos. Conclui-se, com isso, que mesmo Minas tendo um grande potencial para a utilização eficiente de carvão vegetal como fonte de energia na produção siderúrgica, existem importantes entraves que limitam o uso dessa fonte energética nas atividades do setor.