O ipê-branco (Tabebuia roseo-alba) é uma espécie arbórea, nativa, pertencente à família Bignoniaceae. Suas sementes apresentam baixa viabilidade e pequena porcentagem de germinação (40%). O presente estudo teve como objetivo propor metodologias para o cultivo in vitro do ipê-branco. Para tanto, foram estudadas a composição química das sementes, a germinação (ex vitro) em diferentes substratos, germinação in vitro, indução de calos em explantes foliares, determinação da curva de crescimento e análises bioquímicas. No processo de germinação ex vitro, o substrato mais adequado é constituído de areia + terra (subsolo) ou plantmax (50%), porém proporciona um IVG mais lento. Para a germinação in vitro, recomenda-se utilizar o meio MS com 3mgL-1 de GA3 ou meio MS (100%) com 50% de concentração de sais acrescido de 1mgL-1 de GA3, resultando respectictivamente em 88 e 80% de germinação. Maior indução de calos em explantes foliares de ipê-branco ocorreu no meio de cultura MS suplementado com 1,55 mgL-1 de Cinetina com de 1mgL-1 de 2,4-D ou com a utilização de 1,62 mgL-1 de ANA e 2mgL-1 de BAP. A curva de crescimento de matéria fresca de calos formados a partir de explantes foliares de ipê-branco apresenta crescimento sigmóide, com cinco fases distintas. A repicagem dos calos para um novo meio de cultura deve ser realizada entre o 60° e 75° dia cultivo. Teores máximos de açúcares solúveis totais e açúcares redutores foram observados no 45° dia de cultivo. As proteínas solúveis totais apresentaram maiores teores no dia da inoculação, reduzindo em seguida enquanto que teores máximos de aminoácidos foram observados no 15° dia de cultivo. O estudo anatômico foi feito em de seções tranversais e paradérmicas das folhas e analisado em microscópico. As estruturas foliares de plantas de ipê apresentam epiderme uniestratificada, e o mesofilo possui uma organização dorsiventral. São hipostomáticas e apresentam tricomas em todas as faces. Folhas de plantas cultivadas ex vitro, em comparação as culturas in vitro, apresentaram maior espessura do limbo foliar, nervura central, epiderme adaxial e abaxial e parênquimas paliçádico e esponjoso. Em folhas oriundas do cultivo ex vitro, observou-se se cutícula e esclerênquima, estruturas ausentes nas folhas cultivadas in vitro. Folhas de plantas cultivadas ex vitro apresentaram menor número de estômatos e maior número de tricomas quando comparadas com as cultivadas em in vitro. Os estômatos dessas são maiores em comparação com o das folhas cultivadas ex vitro.
The Tabebuia roseo-alba is an arboreal specie, which belongs to the Bignoniaceae family, and has a great potential for urban landscape. Their seeds present low viability and small germination percentage. The objective this work was to propose different methodologies for the in vitro cultivation of Tabebuia roseo-alba. The ideal substrate to ex vitro germination is the mix of the sand with land (subsoil) or plantmax (50%), however, but it provides a slower IVG. Higher in vitro germination was obtained using MS with 50% of salt’s concentration supplemented with 1mg L -1 of GA3 or MS (100%) with 3mg L-1 of GA3, promoting 88 and 80% of germination, respectively. Higher callus induction in leaves explants of Tabebuia roseo-alba were observed with MS supplemented with 1,55 mgL-1 of KIN and 1mg L-1 of 2,4-D or 1,62 mg L-1 NAA with 2 mg L-1 of BA. The growth curve of the callus followed a shape sigmoid, with five different phases. The callus should be transfer to a new culture medium between 60° to 75° day. The maximum level of total soluble sugars and reducing sugars were obtained in 45° day of cultivation. The great level of total soluble protein was observed in the inoculation day. Higher levels of amino acids were observed in 15° day of cultivation. The anatomical study was did proceed utilizing microscope for transversal and paradermics sections from leaf blade. The leaves structures from plants ex vitro show uniseriate epidermis, and mesophly with dorsiventral organization. They are hipostomatic and present trichomes in all the faces. Leaves from plants cultivate ex vitro, in compared with culture in vitro were largest in limb, central nervure, adatial and abbatial epidermis and palisade and sponges parenchyma. In leaves of plants cultivated ex vitro, cuticle and sclerenchym were present, but these structures were not find in plants cultivate in vitro. Leaves from plants cultivated ex vitro presented minor number of stomate and greater number of trichomes when compared with plants in vitro. Stomate of these plants were biggest that leaves of in vitro cultivation.