Abstract:
O desempenho e qualidade de um sistema produtivo são em parte dependentes de um ambiente ocupacional adequado. Para tanto a ergonomia se torna indispensável, pois aplica teoria e métodos capazes de melhorar e proporcionar o bem estar humano no seu trabalho (SHIDA; BENTO, 2012). A ergonomia é a ciência que aborda de maneira interdisciplinar as interações entre o trabalhador e o seu trabalho fornecendo ferramentas e processos que possam reduzir os riscos de acidentes e prevenir doenças de trabalho. Para uma apropriada intervenção é necessário que o empregador e os profissionais técnicos se comprometam com a análise racional dos perigos associados às atividades e ao cumprimento de normas de segurança do trabalho (SILVA, 2007). Para Apud (1999, apud por SILVA et al., 2007) o trabalho florestal apresenta grandes demandas energéticas por parte do trabalhador exigindo esforço muscular principalmente nas pernas, braços e troncos. Muitas das atividades florestais são realizadas de forma manual, devido à delicadeza para o manuseio de mudas jovens e ações criteriosas de seleção, descarte e substituição que só podem ser executadas pela própria pessoa. No campo o funcionário é frequentemente submetido a um ambiente não coberto, devendo agachar-se e erguer pesos repetidas vezes ao dia, entrar em contato com agrotóxicos e corretivos, e percorrer terrenos acidentados. O trabalho de empresas que processam a madeira também é executado em condições adversas onde os trabalhadores permanecem expostos a um ambiente com condições climáticas inadequadas, elevados níveis de ruído e iluminação deficiente ou mal distribuída (LOPES et. al, 2004). Assim sendo, o objetivo geral do trabalho foi levantar dados ergonômicos sem atividades desenvolvidas em viveiro florestal, construção de aceiros e no tratamento de madeira, visando identificar problemas com trabalhadores no ambiente e propor medidas mitigadoras. Como objetivos específicos citam-se: a) Traçar o perfil socioeconômico dos trabalhadores da usina de tratamento de madeira; b) Avaliar a carga de trabalho por meio da frequência cardíaca e a sobrecarga térmica por meio do metabolismo c) Fazer uma avaliação biomecânica dos trabalhadores do viveiro por meio do checklist de Couto (2007) d) Avaliar o fator ambiental ruído no viveiro florestal e no rebaixamento semimecanizado de vegetação de aceiros.