A certificação florestal do Forest Stewardship Council – FSC surgiu através da necessidade, por parte das empresas, em mostrarem que as mesmas exerciam suas atividades florestais da forma menos impactante possível ao ambiente, para uma sociedade de consumo cada vez mais interessada com a problemática ambiental, econômica e social. Mas no entanto, ao consultar a literatura, encontra-se pouca informação acerca da adequação ao processo de certificação. Portanto, este trabalho teve por objetivo verificar a adequação das empresas de plantações florestais brasileiras de pequeno, médio e grande porte em relação a norma de certificação FSC. Para tanto, separou-se as empresas de acordo com a normativa estabelecida pelo FSC em relação à área florestal certificada (ha). Analisou-se as não conformidades maiores e menores descritas nos relatórios públicos das auditorias de avaliação e recertificação das mesmas no período de 2008 a 2012. Neste período, verificou-se as não conformidades de 30 empresas de plantações florestais, das quais 14 foram classificadas como empresas de médio porte (101 a 10.000 ha) e 16 como de grande porte (> 10.000 ha), não sendo encontrada nenhuma empresa certificada de plantações florestais de pequeno porte (> 100 ha). Verificou-se que o padrão de distribuição das não conformidades é diferentes quando este é relacionado ao tamanho das empresas. Nas empresas de médio porte, grande parte dos problemas estiveram relacionados a impactos ambientais, e especificamente a uso de agrotóxicos. Já nas empresas de grande porte, verificou-se problemas relacionados a leis trabalhistas, relações comunitárias e ao monitoramento das atividades relacionadas ao manejo florestal. Pode-se concluir que empresas de grande porte possuem mais problemas em relação à norma de certificação do que empresas menores, porém com diferentes padrões de distribuição em relação aos princípios da norma. Sugere-se em novos trabalhos aumentar o número de empresas e inserir empresas certificadas de pequeno porte. Será importante também verificar futuramente se existe diferenças entre as empresas certificadas de manejo de florestas naturais em relação as empresas certificadas de plantações florestais.
The forestry certification of Forest Stewardship Council – FSC emerged through the necessity, of enterprises, in demonstrating that their forestry activities are exercised in a way with minimum impact towards the environment, for a consumer society increasingly concerned in environmental, economic and social problems. However, at the moment, literature contains minimal information about the sufficiency of the certification process. Therefore, this research had the objective of verifying the sufficiency of Brazilian forestry plantation enterprises on a small, medium, and large portion in relation to the FSC certification norm. So, the enterprises were separated according to the norm established by FSC in relation to the area of forestry certification (ha). The major and minor non- conformities were analyzed described in the public reports of audits and recertification assessment area in the period of 2008-2012. In this period, the non-conformities of thirty forestry plantation enterprises were verified, of which fourteen were classified as medium- sized companies (101 to 10.000 ha) and 16 as large (>10,000 ha), none small-sized (>100 ha), certified company of forestry plantation were found. ). It was found that the distribution pattern of noncompliance is different when it is related to the size of the companies. In medium-sized companies, most of the problems were related to environmental impacts, and specifically the use of pesticides. Furthermore, in large companies, there are problems related to labor laws, community relations and monitoring activities related to forestry management. It can be concluded that large companies have more problems regarding the certification standard than smaller companies, but with different distribution patterns in relation to the principles of the norm. It is suggested for further work to increase the number of companies and enterprises and insert small certified enterprises. In the future, it will also be important to check whether there are differences between certified enterprises within natural forest management, in relation to the certified enterprise of forestry plantations.