Resumo:
O alto nível tecnológico alcançado pelos cultivos comerciais no país deve-se, entre outros aspectos, à introdução de espécies de vários gêneros e ao aproveitamento do potencial produtivo das espécies nativas realizados pela Embrapa, nos últimos 40 anos. O conjunto de ações da silvicultura e do melhoramento genético tem sido o grande diferencial, garantindo a competitividade necessária aos produtos florestais nos mercados nacional e internacional. Dentre outras áreas da ciência florestal, o melhoramento genético tem sido uma das principais ferramentas, contribuindo para o rápido alcance desse patamar tecnológico, em que o respeito ao meio ambiente tem sido considerado, reconhecido e atestado pelos certificados de manejo florestal sustentável emitidos às empresas florestais. Soma-se a este a exploração da variabilidade fenotípica e genética, por meio de seleção do germoplasma de raças locais, para uso em plantios de empreendedores, o que vem assegurando o aproveitamento adequado dos recursos naturais, das inovações tecnológicas, principalmente materiais geneticamente melhorados e o correto manejo dos insumos aplicados. Essa gestão integrada, seja no âmbito das empresas de base florestal e/ou familiar, vem sendo implementada pela silvicultura de precisão, de modo a incrementar os patamares atuais de produtividade e qualidade das florestas plantadas. Adiante são apresentados o histórico, os resultados mais significativos dos programas de melhoramento genético conduzidos pela Embrapa Florestas e instituições parceiras para as principais espécies estudadas e os direcionamentos futuros. Informações detalhadas destes programas são encontradas nos relatos de Paludzyszyn Filho e Santos (2011) para eucaliptos e corimbias, Aguiar et al. (2011) para pínus, Sousa e Aguiar (2012) para araucária, Sturion e Resende (2010) para erva-mate e Kalil Filho et al. (2010) para pupunha.