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As Florestas Altomontanas, também conhecida como floresta nebular, são fitofisionomias que apresentam um dossel único e compacto, composto por árvores de porte reduzido com ramos finos, tortuosos com numerosas ramificações, folhas diminutas, esclerófilas e coriáceas e sob densa cobertura de epífitas, são sensíveis a alterações climáticas e pouco se sabe sobre a relação florística entre elas. Por tal, foi-se realizado o levantamento florístico e estrutural do componente lenhoso de um trecho da Floresta Ombrófila Densa Altomontana no Parque Nacional do Caparaó, estado de Minas Gerais. O principal objetivo foi aferir sobre os vínculos florísticos entre a Floresta Altomontana do PARNA-Caparaó com outras localidades sob domínio da mesma fitofisionomia. Foram alocados 9 transectos de 50x2 m em três porções diferentes na região da Macieira, distanciados um do outro em 50 m, sendo mensurados o diâmetro de todos os indivíduos lenhosos entre árvores, arbustos lianas e fetos arborescentes com DAP ≥ 2,5 cm, indivíduos considerados mortos não foram avaliados. Foram encontrados 287 indivíduos distribuídos em 35 espécies, pertencentes a 20 famílias e 27 gêneros. A família Asteraceae foi a que apresentou a maior número de espécies (6), seguida por Melastomataceae (4), Myrtaceae e Symplocaceae (3). Não houve domínio de abundância de uma única espécie sobre a área, o maior índice e porcentagem de importância foi da Symplocos pubescens, respectivamente 44,93 e 14,98%, o Índice de Diversidade de Shannon- Wiener (H’) foi de 2,81 nat.ind -1 e o Índice de Equabilidade de Pielou (J) foi de 0,79. Frente aos resultados obtidos O PARNA-Caparaó possui uma constituição florística e organização estrutural compatíveis com as demais Florestas Ombrófilas Densas Altomontanas, porém não similar. O distanciamento geográfico, principalmente o latitudinal e o isolamento do fragmento florestal no PARNA- Caparaó em ilha, foram fatores determinantes da diferenciação florística. |
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