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Com a crescente demanda por áreas destinadas à expansão urbana e à outras formas de ocupação, observou-se redução considerável da extensão da Mata Atlântica, restando, atualmente, pequenos fragmentos florestais isolados. Esta fragmentação, acompanhada da substituição da cobertura florestal por outros tipos vegetacionais, acarreta em mudanças, quase sempre negativas, nos atributos físicos e químicos do solo devido, principalmente, à modificação no aporte de matéria orgânica, no manejo do solo e no ciclo hidrológico. Neste contexto, com o propósito de avaliar a influência da vegetação nos atributos edáficos, realizou-se análises física e química do solo sob diferentes coberturas vegetais (pastagem, café conilon, eucalipto e mata), em duas profundidades. Caracterizou-se os atributos químicos P, K, Ca, Mg, Al e pH e os físicos Ds, Dp, PT, RP, DMG e textura do solo. Para tanto, coletou-se amostras compostas deformadas (análise química e textural), as quais passaram pelo preparo de terra fina seca ao ar para posterior análise laboratorial. Para avaliação da estabilidade de agregados via úmida, foram utilizados àqueles que passaram pela peneira de 4 mm e ficaram retidos na de 2 mm. O cálculo da porosidade total foi realizado por meio da determinação das densidades do solo (Método do anel volumétrico) e de partículas (Método do balão volumétrico), ambos propostos pela Embrapa (1997). Posteriormente, os dados foram submetidos à análise estatística e avaliados em delineamento em parcelas subdivididas. Os resultados obtidos comprovaram que o tipo vegetacional predominante do local interfere nos atributos do solo, verificando-se alterações em Ds, PT, RP, DMG e textura (físicos) e em P, K, Ca, Mg, Al, pH, SB, V, T, t e m (químicos). Já o fator profundidade exerceu menor influência nos atributos edáficos se comparado à vegetação, influenciando Ds, PT, RP, DMG e textura (físicos), além de K e T (químicos). A característica física Dp não foi influenciada por nenhum dos fatores avaliados. Observaram-se correlações significativas entre os atributos físicos e químicos, indicando que o solo deve ser manejado a partir da análise conjunta desses atributos. Neste sentido, foi possível compreender melhor as mudanças no solo decorrentes da substituição da cobertura vegetal, contribuindo, desse modo, para a adoção de práticas conservacionistas em agrossistemas. |
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