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As áreas montanhosas, devido à variedade de ambientes naturais que apresentam, abrigam riquíssima diversidade de plantas, animais e outros organismos, muitos deles endêmicos, e, por isso, devem ser encaradas como prioritárias para a preservação da biodiversidade. Por outro lado, tais áreas também foram ocupadas pelos humanos desde os primórdios da civilização, que desenvolveram estratégias engenhosas de adaptação a um meio frequentemente hostil e um rico leque de culturas que também merece atenção e cuidados especiais. Como conciliar a presença humana com o imperativo da preservação de espécies e ecossistemas inteiros nestes ambientes tão belos quanto frágeis é um enorme desafio para os gestores modernos, estejam tais áreas situadas no interior de unidades de conservação ou não, e é o conhecimento científico imparcial, desapaixonado, que deve fornecer as bases para o adequado manejo das mesmas. Portanto, acertou a Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada em incluir na I Semana Brasileira de Montanhismo uma discussão entre especialistas das diversas áreas do conhecimento científico que guardem relação direta ou indireta com os ambientes de montanha, pois é do interesse de todos a busca pela conciliação entre preservação, uso público e mesmo exploração econômica racional e sustentável dos recursos destes ambientes, e decisões nesse sentido não podem se pautar em palpites ou ideias preconcebidas que não tenham amparo na realidade objetiva. Sente-se o Inea, portanto, gratificado em apoiar e participar ativamente do I Encontro Científico sobre Uso e Conservação de Montanhas, e fazemos votos de que a iniciativa não se encerre aqui, mas, pelo contrário, ocorra com regularidade, de forma a sedimentar o conhecimento acumulado neste campo, em proveito de todas as partes interessadas. |
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