Resumo:
O século XXI inicia-se em meio a uma grave crise socioambiental que promete agravar-se caso mantenham-se as tendências de degradação do ambiente. Essa crise tem demonstrado que, mais do que uma questão ecológica, econômica e social, ela está enraizada na cultura, na conduta, nos modelos consumistas de sujeitos forjados pelo capitalismo, e nas formas de pensamento do toda a sociedade mundial. Dessa forma, a solução não poderá estar inserida apenas na gestão dos recursos naturais e econômicos. Ela requer um sentido para a sua aplicação mais ampla e consolidada do que esse mero conceito, isto é, o amadurecimento da humanidade por meio da educação e conseqüente conscientização individual e coletiva para permear e alcançar uma mudança de paradigma e também nos padrões de consumo. A Educação Ambiental deve estar diretamente envolvida na atenção e assistência à vida humana. Não se trata de preservar a natureza, uma vez que, seres humanos passam fome, crianças adoecem por doenças evitáveis e milhões de vidas humanas vivem sem dignidade. É preciso uma Educação Ambiental mais convincente, que esteja inserida nos movimentos sociais que lutam por uma vida mais digna, para que todos tenham acesso ao saneamento básico, a uma educação de qualidade, ao trabalho, a moradia, à cultura, ou seja, pelo atendimento básico que deve ser dado a cada cidadão neste mundo.