Resumo:
No final da década passada, um artigo sobre o Curso de Engenharia Florestal da ESALQ não o recomendava para candidatos do sexo feminino, principalmente em virtude das características das áreas e das condições de trabalho onde se desenvolviam as operações florestais. No ano de 1989 42% do total de 25 ingressantes no Curso é de mulheres. Essas futuras profissionais irão concorrer em igualdade de condições aos mesmos empregos que seus colegas do sexo masculino. Mudaram as mulheres ou mudou o Curso? O que acontece também com os 42% dos alunos que não conseguem completar o Curso após o período regular de 5 anos? Desilusão, simples desistência do Curso, problemas vocacionais, dificuldades curriculares, deficiências quanto à formação básica, opção etc? Os motivos podem ser vários e não serão aqui abordados, mas o problema existe. A solução seria então o aumento do número de vagas para se conseguir um maior número de formandos a cada ano ou existiriam outras soluções de maior alcance? O objetivo deste artigo não é o de discutir e solucionar problemas vocacionais ou de estrutura de um curso de graduação. Visa, isto sim, levantar alguns aspectos relevantes sobre a formação do Engenheiro Florestal na ESALQ que, porventura, possam servir de base para algum estudo mais profundo sobre a questão.