Resumo:
A Educação Ambiental é vista hoje como uma possibilidade de formar pessoas para sociedades sustentáveis, ou seja, sociedades orientadas para enfrentar os desafios da contemporaneidade, garantindo qualidade de vida para esta e para as futuras gerações. Portanto, a educação ambiental deve ser entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formação de pessoas para o exercício da cidadania responsável e consciente, e para uma percepção ampliada sobre os ambientes em que se inserem. Transformar e aprimorar a relação entre os seres humanos e destes com o ambiente deve ser o maior objetivo da educação ambiental, lembrando que o termo ambiente é muito mais que o ambiente natural. Incluímos neste termo, também os ambientes modificados pelo ser humano, assim como todos os espaços e instituições sociais, ou seja, a família, a escola, o ambiente de trabalho, a vizinhança, etc. A construção de políticas públicas tomando como base os princípios da sustentabilidade, não é uma tarefa simples. É uma forma ainda muito nova de pensar a gestão pública e por isso requer uma concentração de esforços de grupos que estejam comprometidos e engajados com a idéia de um fazer diferente. É preciso reinventar a gestão pública e a forma de lidar com as questões socioambientais. Por isso, criar espaços de diálogo e cooperação entre poder público e sociedade está entre os maiores desafios colocados para a administração pública neste momento. Para atender aos princípios da sustentabilidade será preciso encontrar formas alternativas de lidar com as questões sociais, econômicas, políticas, etc. É um processo de grande responsabilidade em lidar com os erros e acertos, na busca de um novo modelo de gestão dos bens coletivos e difusos. É nesta diretriz que caminha o presente documento: as Comissões Estaduais Interinstitucionais de Educação Ambiental (CIEAs) como espaços educadores democráticos.