Resumo:
São considerados “núcleos de vida silvestre” as pequenas ou grandes áreas conservadas no estado primitivo, com a finalidade de proteger as espécies indígenas da flora e da fauna, inseridas dentro de áreas destinadas a diferentes usos do solo e, no caso específico, em áreas de florestamento ou reflorestamento com espécies nativas ou exóticas. De acordo com o conceito de sustentabilidade, os núcleos de vida silvestre podem proporcionar para o futuro o suporte biológico para a volta da sucessão secundária nas áreas circundantes, principalmente quando cobertas apenas por essências exóticas, suprindo os propágulos necessários e fornecendo refúgio para os animais silvestres. Os núcleos de vida silvestre podem ser protegidos dos ataques da ação antrópica construindo-se anéis de proteção ao redor de suas áreas com o plantio de fileiras de espécies florestais pioneiras e enriquecendo posteriormente o sub-bosque com essências tolerantes. Considerando os diferentes tipos de ecossistemas naturais, alguns indicadores poderiam ser sugeridos para monitorar o estado de conservação dos núcleos, tais como: número, tamanho e forma dos fragmentos da vegetação natural remanescente na área florestada e, dentro da paisagem circundante, a importância de cada núcleo na hidrologia da área florestada. Sugere-se também a utilização do Índice de Complexidade de Holdridge para fazer uma avaliação expedita da vegetação no interior do núcleo, incluído dados, tais como: altura das árvores, área basal, densidade arbórea e o número das diferentes espécies de árvores que compõem as parcelas amostrais.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em: importância dos núcleos de vida silvestre em áreas florestadas; Ações quanto à conservação dos núcleos; Indicadores de conservação dos núcleos de vida silvestre; Contribuição dos núcleos sobre a paisagem e a hidrologia; O índice de complexidade como forma de monitoramento do núcleo; Referências bibliográficas.