Resumo:
A maioria das espécies do gênero Eucalyptus e muitas outras espécies arbóreas rebrotam de suas cepas após serem cortadas, ou quando são afetadas por fogo, geadas, insetos etc. Esta é a principal fonte de regeneração nas florestas naturais de zonas áridas. O sistema de talhadia é a prática silvicultural mais antiga. Era utilizada pelos gregos e romanos e foi de grande importância na Europa durante longo período quando a ma- deira era a principal fonte de energia para a indústria (Jacobs, 1955). O regime de talhadia é usado na maioria dos plantios de eucalipto, mas é de pouca importância nas florestas naturais, porque as cepas deixadas são normalmente em peque- no número e muito velhas, e estas, freqüentemente não rebrotam. Provavelmente todos os eucaliptos que ocorrem em regiões áridas e a maioria das espécies que ocorrem em regi- ões úmidas, geralmente rebrotam bem, pelo menos enquanto são jovens , ou até com um diâmetro ao redor de 30 cm (Cremer et al., 1990). A rebrota depende da espécie, da idade da árvore, das condições ambientais e da época do ano em que o corte é efetuado. Este trabalho aborda alguns aspectos da rebrota entre espécies dentro de subgêneros. A capacidade de brotação de espécies de eucalipto é discutida em relação ao subgênero e aspectos ecológicos da distribuição natural. São observadas diferenças na capacidade de brotação tanto entre espécies como entre procedências de uma mesma espécie. Embora essa característica não seja conhecida para um grande número de espécies, a maioria das que tem apresentado problemas na brotação não pertencem ao subgênero Symphyomyrtus.