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De acordo com os preceitos básicos embutidos na Agenda 21, parece claro que não há mais lugar para um empreendimento florestal que não esteja fundamentado na sustentabilidade. O conceito de manejo florestal sustentável envolve aspectos econômicos, sociais e ecológicos. Do ponto de vista ecológico, a sustentabilidade deve envolver medidas de planejamento do manejo florestal que contemplem pelo menos os seguintes aspectos fundamentais: a)Manutenção dos processos ecológicos essenciais da paisagem; b)A preservação da biodiversidade; c)Manutenção da capacidade natural de suporte do solo. As medidas práticas de manejo florestal que possibilitam o alcance destes três conjuntos de fatores classificam-se em várias categorias, mas não podem ser consideradas isoladamente. Em escala micro, estas medidas iniciam-se pela preocupação para com a própria superfície do solo, em termos da manutenção de sua estrutura e propriedades hidrológicas. Gradativamente, a escala de preocupação deve ir aumentando, passando pelo sistema de preparo do solo, de plantio, das práticas de conservação do solo, de proteção de encostas e de outras áreas críticas da microbacia, da proteção das cabeceiras e dos riachos através da mata ciliar, da perpetuação do capital de nutrientes do solo e, numa escala mais macro, do arranjo estrutural dos plantios ao longo da paisagem, visando contribuir para com a perpetuação da biodiversidade (Clinnick, 1985; Zwolinski, 1991; Hansen et al., 1991; Ziemer et al., 1991; Menzel, 1991; Sidle & Sharpley, 1991; Shaxson et al, 1989; Gregory et al, 1991; Gillis, 1990; Lima, 1993). Evidentemente que estas medidas todas devem ser consideradas não como garantia da sustentabilidade ecológica, mas sim como indicadoras da qualidade do manejo florestal, dentro de preceitos que hoje se reconhece como ambientalmente adequados. Como corolário, um outro aspecto importante do manejo sustentável diz respeito à necessidade do monitoramento dos impactos ecológicos, visando a obtenção de informações e resultados que possam estar continuamente retroalimentando o planejamento do manejo florestal. |
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