Em Pirenópolis, GO, o extrativismo do baru (Dipteryx alata Vog.) é comum entre os pequenos produtores rurais. Organizações não governamentais têm desenvolvido projetos de comercialização da amêndoa para aumentar a renda familiar. O extrativismo gera uma grande quantidade de resíduos na forma de casca. A casca descartada no meio ambiente contribui para a poluição ambiental. No entanto, a transformação em carvão vegetal agrega valor, tornando-a um produto comercializável para churrasco. O objetivo deste trabalho foi avaliar um sistema de produção de carvão de casca baru em células de carbonização. Na carbonização, utilizou-se um forno metálico envolto em cápsula de alvenaria com fonte de calor externa. A casca de baru utilizada foi coletada em Pirenópolis, e o experimento foi conduzido na Universidade de Brasília. Foram testados dois tratamentos, carbonização em 7,5 h e em 9,5 h. Para todas as variáveis estudadas, não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos, optando-se pela carbonização em 7,5 h. A carbonização realizada em 7,5 horas gerou rendimento em carvão vegetal acima de 32%, com qualidades do carvão vegetal semelhantes àquelas encontradas na literatura. Portanto, o sistema de produção de carvão vegetal de baru utilizando células de carbonizações mostrou-se eficiente e pode ser utilizado em substituição a outros sistemas.
In Pirenópolis - GO, extraction of baru (Dipteryx alata Vog.) is common among small farmers. Non-governmental organizations have developed projects for the marketing of almonds to increase family income. The extraction generates a lot of waste in the form of bark. The bark discarded in the environment contributes to environmental pollution. However, the transformation into charcoal adds value by making it a marketable product for barbecue. The objective of this study was to evaluate a production system of charcoal from baru bark in carbonization cells. For the carbonization it was used a metallic furnace encased in brick with external heat source. The bark came from Pirinópolis and the experiment was developed at the University of Brasilia. Two treatments were tested, carbonization at 7.5 h and 9.5 h. For all studied variables it was not found significant differences between treatments, then the option is carbonization at 7.5 h. The carbonizations were performed in 7.5 hours, producing charcoal yield above 32% with qualities similar to those found in the literature. Therefore, the production system of charcoal from “baru” bark using carbonization cells was efficient and can be used instead of other systems.