O controle da broca-da-erva-mate, Hedypathes betulinus, limita-se ao emprego de práticas silviculturais e catação manual dos insetos adultos, não sendo permitido o uso de inseticidas químicos na cultura. Esta pesquisa teve por objetivos verificar a presença natural de Beauveria bassiana no solo de plantio em monocultura de erva-mate, determinar a persistência de B. bassiana no solo após duas e três aplicações do fungo e averiguar a influência de fatores abióticos na estabilidade do fungo no solo. O estudo foi conduzido em um erval no município de Campo Alegre, Santa Catarina, Brasil, onde foram coletadas amostras de solo em duas áreas, para avaliação da presença natural de inóculos do fungo B. bassiana, procedendo-se à contagem, isolamento e identificação. Não foi detectada a ocorrência natural do fungo no solo em nenhuma das duas áreas. Após essa confirmação, foram realizadas pulverizações com B. bassiana em ambas as áreas, sendo que em uma ocorreram duas e na outra três aplicações. Após a última pulverização, realizada em fevereiro/2006, verificou-se que os inóculos do fungo persistiram por 90 dias na área com duas aplicações e 120 dias na área com três aplicações. A temperatura afetou a persistência do fungo no solo em ambas as áreas, mas a umidade relativa não mostrou influência sobre os inóculos em campo.
Control measures of Hedypathes betulinus are restricted to agricultural practices and hand picking of adult insects. No chemical control is allowed in yerba maté cultivation areas. The objectives of this research were to verify the natural occurrence of the entomopathogenic fungus Beauveria bassiana in the soil of yerba maté in monoculture; to determine the persistence of inoculums in the soil after applications of the fungus; and to evaluate the influence of abiotic factors on fungus stability in the soil. The soil samples were taken from two experimental areas in a yerba maté plantation in the county of Campo Alegre, Santa Catarina, Brazil. The samples were analyzed in order to count, isolate and identify inoculums of B. bassiana and other fungi. After the confirmation that B. bassiana was not present in the soil, a suspension of the fungus was applied, twice in one of the areas and three times in the other. After the last application in February/2006, the inoculum persisted for 90 and 120 days, in the area with two and three applications, respectively. The temperature affected the persistence of B. bassiana in soil; however, the relative humidity did not.