Conduziu-se este trabalho, com os objetivos de: avaliar a resistência natural de painéis reconstituídos e da madeira de Toona ciliata ao ataque de fungos por meio de ensaio acelerado de laboratório; caracterizar seus componentes anatômicos segundo IAWA; quantificar os valores de lignina solúvel e insolúvel; das amostras por hidrólise ácida e os parâmetros colorimétricos antes e após o ataque dos fungos, utilizando o sistema CIE-L*a*b*(1976). A madeira sólida foi classificada como moderadamente e altamente resistente ao fungo de podridão branca (Trametes versicolor) e parda (Gloeophyllum trabeum). Os painéis OSB foram resistentes e moderadamente resistentes à podridão branca e para a parda, foram altamente resistentes. A variação de espécies e partículas não teve efeito positivo nos tratamentos. Com relação à madeira, ambos os fungos apresentaram inibição, em razão da presença de resina fenólica. Os aglomerados foram classificados como moderadamente resistentes à podridão branca. Os tratamentos T2 (cedro) e T4 (cedro-eucalipto) foram resistentes, mas o T3 (cedro-pinus) não resistiu ao ataque do fungo de podridão parda. A resina uréia-formaldeído não inibiu os ataques como a fenólica. Anatomicamente, a espécie apresentou textura média, linhas vasculares retilíneas, cheiro agradável ao corte e superfície radial pouco lustrosa. Sua estrutura anatômica favoreceu a colonização das hifas dos fungos. Todos os tratamentos ocasionaram escurecimento, após o ataque do fungo G. trabeum, com variação total da cor. Observou-se que, com a perda de massa, houve aumento nos teores de lignina insolúvel, para todos os tratamentos, indicando que essa propriedade química é um fator determinante na resistência da madeira ao ataque dos fungos avaliados.
The objectives of this study were to evaluate the natural resistance of composite and solid wood panels from Toona ciliata to fungal attack through accelerated laboratory testing, to characterize the anatomical components of the wood according to IAWA, to quantify the soluble and insoluble lignin contents by acid hydrolysis and to determine the colorimetric parameters before and after fungal attack by using the CIE-L*a*b*(1976) system. Solid wood was classified as moderately and highly resistant to white-rot fungus (Trametes versicolor) and to brown-rot fungus (Gloeophyllum trabeum). OSB panels were found to be resistant and moderately resistant to white-rot fungus and highly resistant to brown-rot fungus. Variation in species and particle type did not have a positive effect on the treatments. As regards the wood, both fungi were inhibited by the presence of phenolic resin. Particleboard panels were classified as moderately resistant to white-rot fungus. Treatments T2 (cedar) and T4 (cedar-eucalyptus) were resistant while treatment T3 (cedar-pine) was not resistant to attack by brown-rot fungus. The urea-formaldehyde resin failed to inhibit attack in the same way the phenolic resin did. Anatomically, the species was found to have medium texture, straight vessel lines, pleasant smell after incision and poor luster on the radial surface. Its anatomical structure favored colonization by the threadlike filaments of the fungi. All treatments caused wood darkening after attack by the G. trabeum fungus, with total variation in color. It was observed that with weight loss an increase followed in insoluble lignin contents, in all treatments, indicating that this chemical property is a determining factor in wood resistance to the attack of the fungi being evaluated.