A qualidade das fibras da madeira juvenil de Pinus maximinoi H. E. Moore comparando com Pinus taeda L. foi avaliada em material proveniente de plantações de 11 anos de idade localizados no município de Ventania, Estado do Paraná. Foram investigadas 15 árvores por espécie. O processo utilizado para os cozimentos experimentais foi o sulfato (Kraft). O material utilizado para a obtenção de celulose foi obtido de discos coletados na altura do DAP (1,30m). As condições experimentais dos cozimentos foram: 18% de álcali ativo e 25% de sulfidez; número Kappa de 30 e fator H total de 1150, para três repetições para cada espécie. Os cozimentos foram realizados com 1000g de cavacos, base seca. Para a confecção do papel a mão em laboratório a celulose foi submetida a tratamentos de refinação em moinho tipo Jokro a 150 rpm por 20, 40 e 60 minutos além do tratamento sem refinação. Os rendimentos brutos médios foram superiores a 45%. Os resultados médios das resistências do papel por tratamento de refinação entre as espécies mostraram tendência semelhante entre ambas, ocorrendo, entretanto, no tratamento sem refinação maior densidade aparente para o papel de Pinus maximinoi. Porém com a aplicação dos tratamentos de refinação o comportamento da densidade aparente tornou- se similar. No tratamento sem refinação o valor médio do comprimento de auto-ruptura do papel de Pinus maximinoi foi 11,5% inferior ao de Pinus taeda, sendo, entretanto, incrementado com o aumento dos tempos de refinação. Com 20 minutos foi ligeiramente superior e aos 40 minutos a diferença é 6,6% superior, chegando a 7,9% aos 60 minutos de refinação. A resistência ao estouro no tratamento sem refinação e a 20 minutos apresentou valores inferiores para o Pinus maximinoi. Aos 40 minutos os valores médios são similares, invertendo-se tais valores aos 60 minutos de refinação, quando o estouro é superior para a celulose de Pinus maximinoi. Os valores médios da resistência ao rasgo foram ligeiramente superiores para a celulose de Pinus taeda, porém somente com 40 minutos de refinação houve diferença significativa. A resistência ao estouro e a resistência à tração da celulose e papel de Pinus maximinoi desenvolveu-se de forma mais acentuada com os tratamentos de refinação aplicados. Conclui-se que a madeira de Pinus maximinoi apresenta potencial para a produção de celulose e papel.
This research objective was to evaluate the juvenile wood fiber quality of Pinus maximinoi H. E. Moore compared to Pinus taeda L. The material was sampled from 15 trees with 11 years old from fast grown plantations located at Ventania municipality, Paraná State. Sulfate (Kraft) pulping process was used. The pulping material was from BHD (1.30m) disks, cooking conditions were 18% active alkali, 25% sulfidity, Kappa number of 30 and H factor of 1,150 for three repetitions for each specie. Experimental cookings were conduted with 1,000g dry basis wood chips. For pulp handsheets evaluation four treatments were considered: without beating, 20, 40 and 60 minutes beating in Jokro type mill at 150 revolutions per minute. The average pulp yield was slightly higher than 45% for both species, without statistic difference. Without beating treatment P. maximinoi handsheets showed higher apparent specific gravity, however it became similar to P. taeda sheets with beating. Average Tear Index, Burst Index and Breaking Length, showed no statistic difference between species, but considering beating treatments, differences appear in Burst Index and Breaking Length, P. maximinoi pulp showed a better evolution with increasing beating times, at 60 minutes beating treatment P. maximinoi sheets showed 7,9% higher Breaking Length average value. For Burst Index, P. maximinoi sheets showed better improvement with increasing beating treatments, the average value became higher at 60 minutes. The Tear Index decrease with beating, and P. taeda pulp showed slightly higher values, but only at 40 beating minutes was a significant difference. From the observed average results it can be concluded that Pinus maximinoi has potential for utilization for pulp and paper.