Passados 66 anos da criação da primeira unidade de conservação no Brasil, percebe-se que estas não conseguiram efetivamente se consolidar como tal. Frente a esta situação, a inspiração para a realização desta pesquisa nasceu da vontade premente de ver as unidades cumprindo seus objetivos de conservação, e com isso, buscou-se na literatura formas de avaliar a situação do manejo e gerenciamento das unidades de conservação. Diferentes avaliações da situação das unidades brasileiras vêm sendo feitas, desde aquelas que consideram o manejo e o gerenciamento em sentido amplo até aquelas sobre temas específicos, como eficiência da administração. Há ainda aquelas que com base nos resultados de opinião, objetivam apontar alternativas de manejo, ou seja, diferentes posicionamentos sobre esse assunto podem ser encontrados, cada um com um enfoque, mas todos apresentando problemas diversos que precisam ser superados. A problemática vista por pesquisadores e/ou organizações não governamentais é a mesma vista pelos encarregados das unidades de conservação? Caso a resposta seja não, também não serão as soluções propostas por essas referências que serão utilizadas por aqueles que estão à frente dessas unidades e devem fazê-las funcionar. Ou seja, apenas a problemática realmente vivida por aqueles que manejam estas áreas ajudará na elaboração e na aplicação de técnicas adequadas à solução dos problemas existentes Para tanto foi escolhida, como base, a pesquisa de MILANO, et al (1993). Os dados atuais foram obtidos durante o VIII Encontro Anual dos Chefes de Unidades de Conservação federais, realizado em outubro de 2002, onde foram aplicados questionários similares aos de 1993. Os resultados finais desta pesquisa levam à conclusão que muito pouco se mudou quanto à percepção dos chefes das unidades, em relação a manejo e gerenciamento das unidades de conservação nesta última década.
After 66 years of the creation of the first conservation unit in Brazil, it is palpable that they have not been able to effectively consolidate as such. Due to that, the inspiration to carry out this research grew out of the pressing will to see the units fulfilling their conservation objectives. With that, forms to assess management and administration situations of the conservation units were sought in literature. Different evaluations of the situation of conservation units have been conducted; from those which appraise in a broad sense to the ones concerning specific themes, such as administration efficiency. There are still those that, based on opinion results, aim to point out management alternatives. That is, different viewpoints on this subject may be found, each bearing a diverse focus, but all prompting different problems that must be overcome. Is the issue, as seen by researchers and/or non- governmental organizations, the same as seen by the ones in charge of conservation units? If the answer is no, neither will the solutions proposed by such references be used by those ahead of these units and who must have them work. In other words, only the problem really lived by those who manage such areas will help devising and applying proper techniques to the solution of the extant problems. Therefore it was chosen, as basis, the research of MILANO, et. al (1993). The current data were gathered during the VIII annual meeting of the heads of federal conservation units held in October 2002, where questionnaires, similar to the ones of 1993, were applied. The final results of this research lead to the conclusion that very little has changed as to the perception of the heads of the units, regarding management and administration of conservation units, in this last decade.