Resumo:
A economia brasileira até o início da década de 90, apresentava-se praticamente fechada ao comércio internacional. Com a abertura econômica e a globalização, houve um aumento substancial na movimentação de mercadorias, inclusive de produtos de origem vegetal. Incrementou-se também, o turismo internacional e esta associação de fatores, aliada à falta de estrutura da defesa fitossanitária, propiciaram um aumento do risco de introdução de pragas exóticas. Estes riscos são potencializados quando se referem às pragas florestais. Estas, além de serem veiculadas em materiais de propagação (sementes, mudas, estacas, etc.), em madeiras em toras e serradas, são transportadas, principalmente, em madeiras de embalagem e suporte de mercadorias, usadas na acomodação de cargas em diferentes meios de transporte. Estas madeiras, normalmente são de baixa qualidade, e devido ao grande volume, são difíceis de serem inspecionadas pelos serviços quarentenários. (IEDE & PENTEADO, 2000). A existência de extensas áreas contínuas de reflorestamentos no Brasil, principalmente com espécies de Pinus (2,0 milhões de ha) e de Eucalyptus (3,2 milhões de ha), normalmente com uma base restrita de espécies e procedências, oferecem condições propícias para o estabelecimento e dispersão de pragas exóticas. A baixa resistência ambiental devido aos monocultivos, que não oferecem condições de abrigo e/ou alimentos durante as fases de desenvolvimento de inimigos naturais, assim como, a própria ausência desses em ambientes onde a praga exótica foi introduzida, propiciam condições para uma rápida explosão populacional e dispersão do organismo invasor. Face aos riscos citados, foram listadas, através de diferentes métodos de análise de riscos de pragas, várias espécies que são potencialmente quarentenárias para o país, assim como, materiais de risco de introdução destas espécies.