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Os objetivos deste trabalho foram: determinar a existência de variação genética entre procedências e progênies de Cedvela fissilis em características de crescimento inicial, determinar a grandeza da variação fenotípica entre procedências e árvores matrizes em frutos e sementes, e examinar e quantificar características fenológicas e silviculturais observadas em campo, viveiro e laboratório. 0 material de estudo constou de 5 procedências e 12 matrizes individualizadas por procedência. Durante a coleta dos frutos, efetuaram-se avaliações fenológicas, dendrométricas e silviculturais das matrizes. Constataram-se consideráveis variações genéticas tanto entre procedências como entre progênies, para as características de crescimento inicial como altura, diâmetro de colo e peso seco de mudas. Para estas características, a variação genética das procedências, que variou de 57% a 90%, foi sempre superior à variação genética das progênies, que variou de 2% a 58%. A queda de folhas das mudas foi pouco variável entre procedências e progênies, e para algumas progênies, mostrou-se relacionada com o comportamento em campo das respectivas matrizes. Tanto a maturação dos frutos, que foi heterogênea na árvore matriz, como a porcentagem.de frutos com apenas 4 lóculos (na ordem de 2%) não variaram entre procedências ou matrizes por procedência.Apenas uma procedência destacou-se das demais quanto ao ataque de Hypsipyla gvandella nos frutos, apresentando os menores índices de danos. As árvores desta procedência crescem em um ambiente muito diferente dos demais. Foram encontradas muitas formas de fruto em todas as procedências. As características avaliadas em frutos e sementes, foram as que apresentaram as maiores variações tanto entre procedências como entre matrizes por procedência. Já para uma mesma árvore matriz, as características de fruto e semente foram sempre muito constantes, apresentando baixos coeficientes de variação. O diâmetro e comprimento de fruto variaram muito, tanto entre procedências como entre matrizes. O peso e comprimento da semente também apresentaram grande variação entre procedências e matrizes. Já o número de sementes férteis por fruto, apresentou pouca variação entre procedências e matrizes. Para uma mesma árvore matriz, os coeficientes de variação do número de sementes férteis por fruto foram até.9 vezes maiores do que para as outras características avaliadas. A velocidade e porcentagem de germinação variaram tanto entre procedências como entre matrizes. As matrizes com elevada porcentagem de germinação, foram as mais rápidas. 0 comportamento oposto também foi constatado, assim, as matrizes de lenta germinação, também apresentaram taxas mais baixas. As correlações entre as variáveis dendrométricas das matrizes como diâmetro de copa, DAP, altura total e altura comercial, foram significantes, bem como algumas correlações entre características feno lógicas e silviculturais. Dentre todas, a de maior valor prático foi a correlação negativa entre o comprimento de fruto e a porcentagem de germinação. As variâncias genéticas constatadas em mudas de 2 anos de idade, indicam que o melhoramento genético do cedro baseado na seleção de procedências superiores poderá proporcionar um ganho mais significativo do que se baseado na seleção de progênies. A significativa variação genética entre progênies, indica também a possibilidade de melhoramento genético dentro das procedências superiores. |
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