Madeiras de Eucalyptus saligna e de Pinus caribaea var. hondurensis foram submetidas à ação do calor num processo denominado de “termorretificação” ou “retificação térmica”, conduzido em estufa elétrica laboratorial, numa faixa de temperatura entre 120 e 180°C. O objetivo foi estudar as alterações que a termorretificação pudesse proporcionar às características da madeira, em relação ao seu comportamento de colagem mediante a avaliação da resistência ao cisalhamento. Os resultados indicaram que a termorretificação reduz os valores de resistência ao cisalhamento da madeira, não havendo, porém, efeito sobre tal resistência em se tratando da linha de colagem, ou seja, na interação madeira/adesivo. Conclui-se disso que a termorretificação não reduz a eficácia da interação entre a madeira e o adesivo. Pode-se então considerar que os processos usuais de colagem adotados na indústria madeireira / moveleira são passíveis de serem indicados para madeiras termorretificadas.
Eucalyptus saligna and Pinus caribaea var. hondurensis woods were submitted to a “thermorectification process”, conducted in a laboratorial electrical furnace, with temperature ranging 120-180°C. The aim was to evaluate the changes likely to be provided by the process to the characteristics of adhesive bonding of the wood. Thereby, a shearing strength trial was conducted. The results showed that the “thermorectification process” influences the shearing strength of the woods, but not the strength of “wood / adhesive” bonding line. Thus one can consider that the usual adhesive bonding processes adopted by the logging / furniture industry are likely to be indicated for “thermorectified woods”.