Nos diferentes processos de transformação da madeira maciça em produtos industrializados, a secagem é a fase intermediária que mais contribui para agregar valor ao produto final. Contudo, levantamentos divulgados em 1964 e 1974 relatam que a falta de atenção da indústria para com a secagem é a principal causa do baixo padrão de qualidade dos produtos à base de madeira. A partir da década de 80 verificou-se uma evolução tecnológica em relação ao assunto, através da geração de conhecimentos nos principais centros de pesquisa, do aumento e aprimoramento da força de trabalho, e da incorporação de máquinas e equipamentos modernos. Portanto, é oportuno, no momento atual, avaliar como a indústria madeireira está utilizando a tecnologia e o conhecimento disponíveis, e quais os reflexos da disponibilidade de informações sobre o padrão de qualidade dos produtos. Para atingir esse objetivo, foram analisadas as práticas operacionais em três indústrias no interior do Estado de São Paulo que utilizam secadores convencionais, buscando avaliar o atual estágio tecnológico, verificar quais aspectos ainda prejudicam a qualidade do produto (madeira seca) e, quando possível, sugerir iniciativas no sentido de contribuir para o desenvolvimento industrial. As indústrias objeto desta pesquisa buscam agregar valor ao produto final e existe o reconhecimento sobre a importância da secagem no processo produtivo, mas o padrão de qualidade da madeira seca ainda está abaixo das referências indicadas pela literatura. A principal prática operacional a ser aprimorada é a preparação da madeira (empilhamento) para a secagem. O melhor padrão de qualidade da madeira seca foi observado em um secador carregado por vagonetes, indicando também que o controle do processo deveria ser mais rigoroso nos secadores carregados por empilhadeira. Para atingir e manter um padrão de qualidade superior sugere-se a execução de procedimentos diretamente voltados ao controle de qualidade, principalmente quanto à quantificação de defeitos, da distribuição de umidade e das tensões residuais.
On the different transformation steps between green solid wood into industrialized products, kiln drying is the one who adds more value to the final product. Unfortunately, researches published in 1964 and 1974 shows that the lack of attention and interest of the industry for this process, has been the principal cause of low-grade wooden products. In the 80’s, a great technological evolution took place covering this issue, involving the knowhow 102 n Condições operacionais de secagem convencional available on the principal centers of research, better preparation of the working force and also the incorporation of new up to date equipment made available to the market. So, it is interesting, at this time, to analyze how has the industry taken advantage of the technology and information available, and what is the quality of today’s products related to this information. To reach this goal, three companies that are current using conventional kiln were analyzed, trying to evaluate their technological stage, point out which are the aspects that are still damaging the product’s quality (dried wood) and, if possible, suggest initiatives that could improve their industrial development. The companies involved in this research, who are trying to aggregate value to their products, has the recognition of the importance of the drying process into their line of production, but still the average quality results available today are bellow expectations. The principal step to be improved is the stacking of the green lumber, prior to its drying process. The better quality results, were found on a track loaded kiln, which means that a better control on kilns loaded with forklift is made necessary. Looking to reach and keep better quality standards, it is suggested that the execution of procedures directed to quality control, especially towards defects and a better distribution of moisture content and residual drying stress, should be enforced.