O objetivo deste trabalho foi avaliar a deformação residual longitudinal, o índice de rachaduras (de topo de toras e tábuas), o deslocamento da medula e os defeitos de secagem nas tábuas das espécies de Khaya ivorensis e Khaya senegalensis para a produção de madeira serrada. O material foi proveniente de um plantio experimental em Linhares, ES, Brasil, sendo utilizadas cinco árvores por espécie, com 19 anos de idade. Com as árvores em pé foi realizada a leitura da deformação residual longitudinal, utilizando o método CIRAD – Forêt. Após o corte das árvores, os topos inferiores das toras da base foram fotografados para a mensuração das rachaduras e do deslocamento da medula. As rachaduras de topo e os empenamentos das tábuas também foram mensurados, após a secagem. No geral, não houve diferenças significativas nas médias de deformação residual longitudinal, índice de rachaduras de toras e tábuas e deslocamento da medula entre as espécies. Todavia, a espécie Khaya ivorensis apresentou as maiores dimensões de rachaduras de topo de toras e de tábuas, enquanto, as tábuas de Khaya senegalensis apresentaram os maiores empenamentos. Os índices das variáveis avaliadas não são elevados ao ponto de inviabilizar o uso e a qualidade das duas espécies de mogno africano para a produção de madeira serrada, sendo importante ponderar, principalmente, a forma e dimensões das árvores e os defeitos da madeira serrada em regiões mais próximas da medula e em idades mais jovens.
The aim of this work was to evaluate the longitudinal residual strain, the index of splits (end of logs and boards), the displacement of the pith and the drying defects on the boards of the species of Khaya ivorensis and Khaya senegalensis for lumber production. The material comes from an experimental plantation in Linhares, ES, Brazil, with five trees per species being utilized, at age 19 years. The reading of the longitudinal residual strain using the method CIRAD – Forêt on standing trees was taken. After cutting of the trees, the end of logs was photographed for measurement of splits and displacement of the pith. The end splits and warping of the boards were also measured, after drying. Overall, there were not statistical differences in longitudinal residual strain, index split of logs and boards and displacement of the pith between species. However, Khaya ivorensis showed the larger dimensions of end split logs and boards, while, the boards of Khaya senegalensis had higher warping. The indexes of the variables are not high to the point of rendering unfeasible the use and the wood quality of the two species of African mahogany for the lumber production. It is important to consider, however, the shape and dimensions of trees and lumber defects in regions closest of the pith and at younger ages.