Estudou-se a influência de alguns fatores morfológicos e ambientais sobre duas espécies florestais nativas, da Floresta Atlântica: Cariniana legalis (Martius) O. Kuntze (Lecythidaceae), jequitibá-rosa e Dalbergia nigra (Vellozo) (Leguminoseae-Papilionoidae), jacarandá-da-bahia, com a finalidade de caracterizar o comportamento ecofisiológico destas espécies dentro do sistema florestal, descrevendo para cada espécie: os caracteres morfológicos das sementes, as características germinativas, a morfologia externa das plântulas e mudas, o efeito de substratos e temperaturas na germinação e vigor das sementes, o efeito de níveis de radiação fotossinteticamente ativa (RFA), sobre o crescimento e concentração de clorofilas foliares em mudas destas espécies. Para avaliação, em laboratório, da capacidade germinativa, estudou-se as temperaturas de 20, 25, 30, 20-30 e 35 °C e os substratos: solo floresta, substrato comercial, vermiculita e rolo de papel. No viveiro, à temperatura ambiente, estudou-se os substratos: solo floresta, vermiculita e substrato comercial. Os níveis de (RFA) estudados foram: 34, 44, 64, 70 e 100%. As descrições das sementes foram efetuadas em relação à forma, tamanho, superfície o hilo, micrópila e forma e localização do embrião. Foram descritos os estádios da germinação e os caracteres externos das plântulas e mudas. As temperaturas de 30 °C e 20-30 °C, no substrato vermiculita, foram melhores para a germinação e vigor das duas espécies. No viveiro, o melhor percentual de germinação ocorreu pela utilização do substrato solo floresta. O melhor percentual de germinação e vigor foi obtido com luz branca para o jequitibá-rosa e com luz vermelha para o jacarandá-da-bahia. Para as duas espécies o crescimento em diâmetro e matéria seca total estão relacionados à maior intensidade de luz, enquanto que a altura, área foliar e clorofilas a e b aumentaram quando se diminuiu a intensidade de luz. Observou-se, que o jacarandá-da-bahia apresenta mais plasticidade e tolerância à luz do que o jequitibá-rosa.
This work studied the influence of some morphologic and environmental factors on two native forest species of the Atlantic Forest: Cariniana legalis (Martius) Kuntze, jequitibá-rosa and Dalbergia nigra (Vellozo), jacaranda-da-bahia, with the purpose of characterizing the ecophysiological behavior of these species on the forest system, describing for each species: the morphologic characters of the seeds, germination, the external morphology of the seedlings and cuttings, the effect of substrate and temperatures on the germination and vigor of the seeds, the effect of levels of photossinthetical activates radiation (PAR), on the growth and concentration of the leaf chlorophylls in cuttings of these species. It was evaluated the effect of germination (20, 25, 30, 20-30 and 35 °C) and substrate: soil forest, commercial substrate, vermiculita and paper roll on germination. In the nursery, under environmental temperature, it was studied the substrate: soil of forest, vermiculite and commercial substratum. The levels of PAR studied were: 34, 44, 64, 70 and 100%. Description of seeds related to the form, size, surface the hilum, micropyle and form location of the embryo. Was made phase stage of germination and external characteristics of plantlets and cuttings were described. On basis of percentage of germination and emergency speed index, temperatures of 30 and 20-30 °C, in vermiculita, were the best treatments for germination and vigour for the two species. In the nursery, the best percentage of germination was found under soil forest. The best percentage of germination and vigour, was obtained under white light for Cariniana legalis and red light for the Dalbergia nigra. Both two species, presented growth in diameter and total dry matter related to the widest light intensity, while the height, leaf area and chlorophylls a and b, increased when decreased the light intensity. It was observed that Dalbergia nigra presented more plasticity and tolerance than Cariniana legalis.