Este artigo avalia estatisticamente o efeito de diferentes regimes de desbaste e densidades de plantio na produção volumétrica de madeira para celulose em povoamentos de Pinus taeda. Os dados utilizados para este estudo foram obtidos de um plantio experimental localizado no município de Jaguariaíva, Paraná, de propriedade da empresa PISA Florestal. Cinco espaçamentos de plantio foram comparados: 2,5 x 1,2 m; 2,5 x 2,0 m; 2,5 x 2,8 m; 2,5 x 3,6 m e 2,5 x 4,4 m. Cinco regimes de desbaste foram confrontados: corte final aos 15 anos, sem desbaste; corte final aos 20 anos, sem desbaste; desbaste sistemático na 6 a linha aos 9 anos e corte final aos 20 anos; desbastes seletivos por baixo, com redução de 50% do número de árvores aos 9 e 15 anos e corte final aos 20 anos; e desbaste sistemático na 6 a linha combinado com seletivo de 50% aos 9 anos, seletivo de 50% aos 15 anos e corte final aos 20 anos. O experimento fatorial foi analisado por meio de ANOVA e pelo teste de Tukey. Os resultados demonstraram haver diferenças significativas a 1% entre os espaçamentos e entre os regimes de desbaste, sendo a interação entre ambos também significativa. Evidenciou-se que, para a produção de madeira para celulose, a realização de plantios com maior densidade inicial (espaçamentos 2,5 x 1,2 ou 2,5 x 2,0 m) é recomendável. Quando da realização de desbastes seletivos, o espaçamento 2,5 x 1,2 m repercutiu em maior produção volumétrica para celulose, não tendo sido percebida diferença com o espaçamento 2,5 x 2,0 quando empregado regime sem desbaste ou com desbaste sistemático apenas. Conclui-se que, num horizonte de 20 anos, a adoção de regimes sem desbaste é mais favorável à produção para celulose em comparação aos regimes com desbastes. Entretanto, não é indicada a antecipação do corte final para 15 anos, o que mostra que a prática de não utilizar desbastes para a produção de madeira para celulose é correta. A melhor combinação de espaçamento com regime de desbaste foi a do espaçamento 2,5 x 1,2 m, sem desbaste e corte final aos 20 anos. Porém, neste regime de manejo, a adoção do espaçamento 2,5 x 2,0 m também repercutiu em produção volumétrica para celulose similar. Em se optando pelo espaçamento mais denso, não faz diferença adotar o regime sem desbaste com corte final aos 20 anos e realizar um desbaste sistemático aos 9 anos e o corte final aos 20.
This paper evaluates the statistical effects of five different thinning regimes in combination with five initial plant spacing in loblolly pine plantations on the yield of round- wood for pulp and paper. The data came from an experimental plantation located at Fazenda Lageado, Jaguariaíva, Parana State, in southern Brazil, owned by PISA Pulp and Paper Co. The spicings evaluated were: 2.5 x 1.2 m; 2.5 x 2.0 m; 2.5 x 2.8 m; 2.5 x 3.6 m e 2.5 x 4.4 m. The thinning regimes compared were: a single final cut at age 15 without thinning; a single final cut at age 20 without thinning; systematic thinning along the 6 th planting line at age 9 and final cut at age 20; selective low thinning of 50% of the trees in the stand at ages 9 and 15 and final cut at age 20; and systematic cut along the 6 th planting line combined with selective low thinning at age 9 for 50% of the trees in the stand, selective low thinning for 50% of the trees in the stand at age 15 and final cut at age 20. The factorial experiment was analyzed by ANOVA and the test of Tukey. The results revealed significant differences (p< 0,01) among the initial plant spacings and the thinning regimes. The interaction between them was also statistically significant. The results showed that, for the pulp and paper wood yield, the choice of planting with higher initial density (2.5 x 1.2 or 2.5 x 2.0 m) is recommendable. When selective thininngs are conducted, the higher density treatment results in greater pulp and paper wood yield. In addition, no significant difference could be noticed as compared to the 2.5 x 2.0 m spacing, when no thinning or a single systematic thinning was carried out. It was concluded from the analysis that the no thinning regime is more favorable to the pulp and paper wood yield in a 20-year rotation. Nonetheless, shorter rotation (15 years for instance) is not recommendable because of the low yield, which corroborated the practice adopted by various forest companies nowadays. The best combination of initial density with thinning regime was 2.5 x 1.2 m and a single final cut at age 20. However, for this stand density, the adoption of the 2.5 x 2.0 m spacing did not affect the pulp and paper wood yield. There is no significant difference between the thinning regime without thinning and that using a single systematic thinning and a final cut at age 20, if the highest initial spacing is chosen.