O País produziu em 1999 cerca de 3,5 milhões de toneladas das principais resinas termoplásticas, e, desse total, mais de 65% foram destinados às indústrias de embalagens plásticas. Estas embalagens, após absorvidas pelo mercado consumidor, são descartadas como resíduos pós-consumo e, por não serem biodegradáveis, tornam-se um sério problema ambiental. Este material rejeitado, após recuperado, poderia ser utilizado, em associação com a madeira, como matéria-prima para produção de chapas aglomeradas. Com o propósito de avaliar essa possibilidade, foi objetivo do presente estudo produzir chapas de partículas em camada única por meio da combinação desses materiais. Assim, empregando- se três níveis de poliestireno (PS) (0, 25 e 50%), dois níveis da mistura contendo poliestireno e polietileno tereftalato (PET/PS) (5/20 e 10/40%), três níveis de adesivo (0, 4 e 6%) à base de uréia-formaldeído e fenol-formaldeído e três níveis de solução de poliestireno em tolueno (0, 4 e 6%), combinados com três níveis (0, 50 e 75%) de partículas de madeiras de Pinus elliottii e Eucalyptus grandis, foram produzidas 164 chapas com dimensões aproximadas de 3 400 x 400 x 10 mm e de densidade final desejada igual a 0,60 g/cm , geradas a partir de 82 tratamentos com duas repetições visto que para cada espécie de madeira foram produzidas seis chapas sem adesivo. As chapas produzidas tiveram as suas propriedades físicas e mecânicas determinadas em conformidade com a norma ASTM D-1037-91. Os resultados obtidos foram comparados com os mínimos exigidos pela norma ANSI/A 208.1-1993 (Wood Particleboard). Os valores experimentais, das propriedades mecânicas, com exceção daqueles das chapas produzidas sem adesivos, demonstram, quase que integralmente, que os produtos elaborados ultrapassam os valores mínimos requeridos, tornando-se, assim, aptos a serem comercializados. Quanto á absorção de água e inchamento em espessura, após 24 horas de imersão, todas as chapas à base de madeira/plástico excederam o valor máximo proposto pela norma. As chapas nas quais se aplicou a solução de poliestireno em tolueno foram, de modo geral, as que apresentaram os melhores valores para todas as propriedades.
In 1999 the Country (Brazil) produced around 3.5 million of tons of the main thermoplastic resins, and, of this total, more than 65% were used by the plastic containers industries. After being used by the consuming market, these containers are discarded as post-use residues and, since they are not biodegradable, they represent a serious environmental problem. This rejected material after being recovered, could be used, associated with wood, as raw material to produce particleboards. In order to evaluate this possibility, the objective of this study was to produce particleboards with a single layer by means of the combination of these materials. Thus, using three levels of polystyrene (PS) (0, 25 and 50%), two levels of the mixture containing polystyrene and polyethylene tereftalate (PET/PS) (5/20 and 10/40%), three levels of adhesives (0,4 and 6%) based on urea-formaldehyde and phenol- formaldehyde, and three levels of polystyrene in toluene solution (0,4 and 6%), combined with three levels (0, 50 and 75% of particles of wood of Pinus elliottii and Eucalyptus grandis, 164 boards with sizes around 400 x 400 x 10 mm and with a desired final density of 0.60 g/cm3 were produced from 82 treatments with two repetitions since for each wood species six boards were produced without adhesive. The boards had their physical and mechanical properties determined according to the standard ASTM D-1037-91. The results obtained were compared with the minimum requirements of the standard ANSI/A 208.1-1993 (Wood Particleboard). The experimental values of mechanical properties, except those of boards produced without adhesive, showed, in almost all cases, that the products surpass the required minimum values, this be coming suitable to be commercialized. However, the values of water absorption and thickness swelling, after 24 hours of immersion, of all boards based on wood/plastic exceeded the maximum value proposed by the standard. The boards treated with the solution of polystyrene in toluene were, in a general way, those that presented the best values for all properties.