O presente estudo foi desenvolvido com os seguintes objetivos: quanti-ficar o estoque de madeira para carvão e serraria; quantificar o estoque de biomassa expressa em toneladas de carbono, nos diferentes compartimentos de um povoamento de eucalipto; e avaliar economicamente alternativas de uso, visando a inserção de povoamentos florestais no Mecanismo de Desenvol-vimento Limpo e a venda de créditos de carbono. Assim, realizou-se um inventário florestal em um povoamento de Eucalyptus grandis com 6 anos de idade, no município de Viçosa, Minas Gerais, obtendo-se estimativas volume-tricas da madeira por hectare para carvão e serraria e estimativas médias por hectare do estoque de carbono em diferentes compartimentos da floresta (parte aérea, manta orgânica e raízes). Os critérios quantitativos considerados na análise econômica foram: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Esperado da Terra (VET). A taxa de desconto conside-rada foi de 10% ao ano. Depois das análises, verificou-se que o fuste é o componente da árvore que mais contribui, em média, para o total de carbono da parte aérea (81,84%), seguido por casca (8,05%), galhos (7,74%) e folhas (2,57%). No povoamento estudado, 47,7 toneladas de carbono por hectare estão estocadas na parte aérea das árvores; 14,71, nas raízes; e 8,72, na manta orgânica, totalizando 71,13 toneladas de carbono total por hectare. Para um volume total de 204,09 m3/ha, considerando os dois usos para a madeira (serraria e carvão), 62,52% seriam destinados à produção de carvão e 37,48% à serraria. Levando em conta a estrutura de custos e receitas adotada neste estudo e o horizonte de planejamento de seis anos, a produção de madeira somente para a venda de créditos de carbono (projeto 3), sem considerar o uso final da madeira, é economicamente viável, segundo os critérios quantitativos de avaliação de projeto (VPL, TIR e VET), se a tonelada de carbono for comer-cializada a US$ 10,07. A utilização da madeira, para serraria e carvão (projeto 2), acarreta maiores valores agregados, tornando o empreendimento mais atrativo economicamente. A inclusão da venda de créditos de carbono (projetos 4 e 5) torna o empreendimento ainda mais atrativo economicamente, sobretudo porque a receita considerada no início do projeto se reflete positiva-mente nos critérios de avaliação econômica.
This study aimed to quantify wood stock for charcoal and sawmill; biomass stock expressed in carbon tons in the different sectors of a Eucalyptus stand; and to economically evaluate alternatives for inserting forest stands into the Clean Development Mechanisms and carbon credit trade. Thus, a 6 year - old Eucalyptus grandis forest inventory was carried out in Viçosa, Minas Gerais, with wood volumetric estimates per hectare for charcoal and sawmill and carbon stock mean estimates per hectare being obtained in different forest sectors (aerial part, organic manta and roots). The quantitative criteria considered in the economic analysis were: Liquid Present Value (LPV), Return Internal Rate (RIR), Land Expected Value (LEV). The discount rate considered was 10% per year. After the analyses, it was verified that the stem is the tree component that most contributes, on average, to carbon total in the aerial part (81.84%), followed by the bark (8.05%), branches (7.74%) and leaves (2.57%). In the stand studied, 47.7 tons of carbon per hectare are stocked in the aerial part of the trees; 14.71 in the roots; and 8.72 in the organic manta, totaling 71.13 tons of carbon total per hectare. For a total volume of 204.09 m3/ha, considering both wood uses (sawmill and charcoal), 62.52% would be for charcoal production and 37.48% for sawmill. Taking into account cost structure and revenues adopted in this study and a six - year plan, wood production exclusively for carbon credit trade (project 3), without taking into account final wood use, is economically viable, according to the project’s quantitative criteria of evaluation (LPV, RIR and LEV), provided the carbon ton is sold for US$ 10.07. The use of wood for sawmill and charcoal (project 2) allows higher added values, rendering the undertaking more economically attractive. Carbon credit trade (projects 4 and 5) renders the undertaking even more attractive, especially because the revenue considered at the beginning of the project is positively reflected in the economic evaluation criteria.