O crescimento e a dinâmica de copa de plantas intactas e decepadas de dois clones de eucalipto foram avaliados em sistema agroflorestal no espaçamento 9,5 x 4,0 m em Vazante, MG (17°36’09"S e 46°42’02"W). Plantas intactas foram comparadas com brotações provenientes de plantas decepadas aos 9 e 12 meses após plantio, sem desbrota, e, com desbrota aos 6 e 9 meses após decepa, para 2 e 3 brotos por cepa e, aos 12 meses, deixando os brotos dominantes. Aos 42 meses após plantio, a sobrevivência das plantas não diferiu (p>0,05) entre tratamentos e o tratamento sem desbrota apresentou o mesmo número de brotos que plantas desbrotadas para 3 brotos. O diâmetro e a altura total apresentaram menores (p=0,05) estimativas do valor assintótico para as brotações. As brotações dos clones 58 e 19 apresentaram, respectivamente, 69 e 77% do valor do diâmetro estimado para as plantas intactas. A estimativa do valor assintótico para o volume por hectare das brotações do clone 58 foi similar (p>0,05) a das plantas intactas na maioria dos tratamentos de decepa aos 9 meses. Para o clone 19, mesmo os tratamentos com decepa aos 12 meses apresentaram estimativa da produção volumétrica similar ao das plantas intactas. Aos 24 meses após o plantio, foi observado menor (p=0,05) índice de área foliar (IAF) nos tratamentos de decepa quando comparado a plantas intactas. Nesta idade, o clone 19 apresentou menor IAF (0,32) na entrelinha de plantio, em relação ao clone 58 (IAF = 0,52). Aos 42 meses de idade observou-se que a projeção de copas e o IAF médio do povoamento de plantas intactas eram similares (p>0,05) ao das brotações, para os dois clones. Os resultados indicam que a decepa deve ser realizada o mais cedo possível, sem aplicação de desbrota, para produzir tronco de dimensão reduzida, com produtividade equivalente à de plantas intactas, em sistemas agroflorestais. A decepa de plantas jovens promove redução do IAF do povoamento, favorece a transmitância da radiação solar e favorece o estabelecimento de mais um ano com cultura agrícola, podendo promover maior retorno econômico no sistema agroflorestal.
The growth and the crown dynamics of intact plants and coppiced plants were evaluated in two clones of eucalypt stands in an agroforestry system (9.5 x 4.0 m) in Vazante, MG (17°36’09"S e 46°42’02"W). Intact plants were compared to sprouts growth from coppicing at the age of 9 and 12 months after planting, with no sprout thinning, and, sprout thinning applied 6 and 9 months after coppicing, to 2 and 3 sprouts per stump and, 12 months after coppicing, leaving all dominant sprouts. At the age of 42 months after planting, plant survival did not differ (p>0.05) among treatments and, the treatment without thinning showed about the same amount of sprouts per stump of those thinned to three sprouts per stump. The diameter and total height exhibited smaller (p=0.05) estimated asymptotic value for sprouts as compared to intact plants. The sprouts of the clones 58 and 19 presented, respectively, 69 and 77% of the value of the estimated diameter for the intact plants. The estimate of the asymptotic value for the volume per hectare of the sprouts of the clone 58 was similar (p>0.05) to the one from intact plants in most treatments when coppiced at 9 months after planting. Clone 19 coppiced at 12 months after planting presented estimated volumetric production similar to that of the intact plants. At 24 months after planting, the leaf area index (LAI) of the coppiced stands was smaller (p=0.05) than that of intact plants. At this age, the clone 19 showed the least LAI (0.32) in the inter-rows, as compared to the clone 58 (LAI= 0.52). At 42 months after planting crown projection and LAI did not differ (p>0.05) between treatments, for the two clones. The overall results suggest that coppicing of juvenile eucalypt plants should be performed as soon as possible, without thinning, when one intends to produce small diameter logs without reduction of the productivity of the agroforestry system.